terça-feira, 7 de junho de 2011

"A geração Y não tem medo da demissão. Por que?"





Durante muito tempo um dos maiores pesadelos dos funcionários de uma empresa era ser demitido. Talvez por isso muitos deles aceitassem calados injúrias, excesso de trabalho, não pagamento de horas extras, salários baixos sem nenhum vislumbre de promoção ou aumento da remuneração.

Hoje a coisa mudou. A geração Y não tem medo de mudar de emprego, trocar de empresas, de não ficar anos a fio em uma mesma organização. Muito pelo contrário! Eles sabem que ao trocarem de emprego – em busca de melhores e mais enriquecedoras oportunidades de crescimento –, aumentam sua bagagem pessoal e profissional. Saber lidar com diferentes culturas dentro de uma organização é uma qualidade muito apreciada atualmente e os jovens com experiência em diferentes empresas acabam adquirindo essa capacidade.

A vida do “gerentão” das antigas fica mais difícil, pois ele não mais consegue manobrar seus novos funcionários a seu bel prazer. O Ys não toleram ficar fazendo hora besta (hora extra desnecessária), não aceitam serem enganados, tão pouco regras sem pé nem cabeça que só servem para chefes inseguros mostrarem que mandam.

Ser demitido não é um problema tão grave hoje quanto era até pouco tempo atrás. O cenário brasileiro está mudando e as oportunidades de crescimento profissional e de trabalho em si estão quase abundantes. E o que vem a ser “quase abundantes”? Significa que hoje são oferecidas muitas vagas de trabalho, mas nem todas são interessantes, e ser interessante é importantíssimo para os Ys.

Membros dessa geração ficam entediados e desmotivados muito rápido com trabalhos sem criatividade e possibilidade de ascensão. Eles não querem ficar estacionados em uma posição realizando pelo resto da vida o mesmo trabalho, sem grandes desafios ou mudanças. Completamente diferente dos antigos costumes que prezavam tanto a estabilidade e a compartimentalização de trabalhos e conhecimentos sobre o mesmo.

O mundo agora é plural e interconectado. Não basta ser especialista em uma parte do processo, é preciso ver, conhecer e interagir com o todo, como os Ys fazem. Muitas empresas ainda não perceberam isso e estão fadadas à perecer junto com seus conceitos arcaicos. Outras ainda apresentam dificuldade de adaptação aos novos tempos e novas gerações, que não querem ou precisam das mesmas coisas que as passadas para funcionar bem.

Toda essa mudança força as organizações a valorizarem mais seus funcionários, escurarem opiniões e o que mais eles têm a dizer, além de torná-los parte importante do processo de crescimento da mesma. Elas já não podem mais se dar ao luxo de os perder ou de não os conquistar para um posição no seu quadro de trabalho.

Enquanto gerentes e diretores não entenderem e se adaptarem aos novos tempos sofrerão com a falta de jeito para lidar com jovens dessa geração, o elevado turnover nas empresas e o desinteresse de profissionais de ponta em fazerem parte de suas equipes. Fica a dica!

* Até que enfim uma boa notícia para os trabalhadores no dia do trabalho! Boa sorte para todos nós!
Postado por Christina Ferreira - jornalista e especialista em gestão da comunicação

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