quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Saber administrar sua vida off e on, o equilíbrio é fundamental






A globalização e a tecnologia viablizou grandes transformações nos últimos anos.
Todos nós temos acompanhado, desde tendências da moda, entretenimento até revoluções políticas pela internet. Um dos teóricos mais visionários e respeitados, Marshall Macluhan muito antes da internet existir, sinlizou o que viveríamos no seu livro: Os Meios de Comunicação Como Extensões do Homem de 1964 afirmou:

"Em suma, o computador, pela tecnologia, anuncia o advento de uma condição pentecostal de compreensão e unidade universais. O próximo passo lógico seria, não mais traduzir, mas superar as línguas através de uma consciência cósmica geral, muito semelhante ao inconsciente coletivo..."

O grande avanço tecnólogico, a internet e atualmente a adesão maciça da população às redes sociais, mostram que, o ser humano tem caminhado rápido e não há limites para sua evolução. Ninguém sabe onde vamos chegar. No entanto, apesar de tanta inovação, e quebra de paradigmas, pois estamos vivendo formas totalmente inovadoras e inusitadas de nos comunicarmos com o outro. Não podemos esquecer que o Homem, não mudou em algumas questões básicas como sentir, amar e desejar.

Partindo desse pressuposto, não se deve confundir vida online com vida offline. Uma não substitui a outra. Ambas podem coexistir positivamente, se houver equilíbrio para administrá-las. Chamo a atenção para a palavra equilíbrio, porque tenho observado um número significativo de indivíduos que têm dificuldade de viver 'offline'. Precisam estar constantemente conectados.

Recentemente assiti o filme genial Medianeira: Buenos Aires na Era do Amor Virtual do Gustavo Taretto, que mostra dentre vários sintomas neuróticos atuais como: síndrome de pânico e fobias, além da solidão, a dificuldade de jovens para relacionarem no real. Numa das cenas, o personagem principal, que trabalha em casa produzindo sites, marca um encontro com uma mulher que conhece em um site de relacionamento. A analogia que ele faz entre o encontro e um combo fast food é hilária. Por isso, não se deve confundir, nem supestimar as relações virtuais, elas são úteis e podem abrir várias possibilidades: no trabalho, no amor, etc. Contudo, as relações são mantidas no real, no dia a dia, conhecendo as pessoas com suas qualidades e defeitos.

Meu objetivo com esse texto, é apontar o quão tênue um prazer ou um recurso, pode virar um vício, um sintoma ou uma forma de fugir da realidade. Não se pode estar conectado o tempo inteiro, conexão exige um outro tipo de presença, mesmo que virtual. Quando essa presença vira obrigação e até mesmo compulsão, é essencial, refletir e perceber e se perguntar:- A "máquina" está controlando minha vida?

Os computadores, tablets e mobiles são objetos, quem dá poder a eles somos nós. O ser humano sempre teve necessidade de amenizar o peso de sua existência Tanto a filosofia, quanto a psicologia e a psicanálise sempre tentaram decifrar essa dor. Essa nova forma de se comunicar, por meio de redes sociais viabilliza muitas oportunidades. Pode-se aprender com outros povos distantes, se infomar com muito mais agilidade, divulgar nossas ideias para um número maior de pessoas e denunciar também o que não é correto.

Como profissional da Comunicação, vi o nascimento da internet e a utilizo há aproximadamente 15 anos, usei várias redes sociais como: mirc, netmeeting, ICQ, orkut... Ao longo desse tempo, conheci muitas pessoas, aprendi a adapatar meu trabalho para as mídias digitais e tenho muito prazer e receptividade a tudo que vem surgindo e deve surgir nos próximos anos.

Concluindo, viver online tem muitas vantagens. Porém, tudo isso é uma complementção e não só o único meio. Viver o real e saber dar pausas, para se estar off é poder também "curtir" outros prazeres. Afinal, um olhar, uma palavra, um abraço e um toque, nunca poderão ser substituídos.


Imagem: Google imagens

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