sábado, 20 de novembro de 2010

[Erudictum.Tv]-(Doc)-Surplus-Terrorismo.do.Consumo.(1/5)

Esse documentário (trailler) é excelente, o exibi para meus alunos na disciplina de
Teorias e Técnicas da Comunicação, alguns trechos dele, me remeteu a
fala de Baudrillard e Adorno. Quem puder, baixe- o todo e assita!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Entender a evolução do mundo é uma busca que pode nos manter jovens para sempre".

Esse excelente documentário retrata a atual e tão falada Geração Y, esta que é percebida, no mundo profissional, por intensa movimentção e que, muitas vezes, "troca de emprego como de roupa".
Na realidade essa geração faz o que gosta e para quem gosta, não é tão apegada a segurança e sim a qualidade. Essa constatação vem provocando muitos debates, principalmente na área de Recursos Humanos, pois como manter esse jovem inquieto, livre e inteligente em sua empresa? É mais um desafio, como outros tantos que virão. O mundo mudou e a Geração Y, é fruto dessa mundança, principalmente de paradigmas.
O que ficou mais forte para mim neste documentário, é a liberdade: de escolha, de ir e vir, de criar, enfim de viver! Tudo isso aliado a tecnologia que viabiliza a velocidade e troca de informações no mundo todo.Atualmente, se pode fazer uma revolução via internet, com o Twitter ou Facebook.
Finalizando, nada é perfeito, mas com certeza é Geração Y, apesar de sua instabilidade e ansiedade profissional, que elegerá os novos presidentes, das maiores potências do mundo. Então é provável que ainda presenciaremos muitas inovações e mudanças nas próximas décadas. Como a Geração X não conseguiu acabar com as guerras e desigualdades, torço, para esta geração(Y), seja mais assertiva e trabalhe realmente em prol da igualdade, do respeito e da fraternidade entre todos os povos.

We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Philip Kotler defende a criação um novo patamar para as organizações: o Marketing 3.0




Durante a HSM ExpoManagement 2010, o guru do marketing, Philip Kotler defende a criação um novo patamar para as organizações: o Marketing 3.0

O desafio de fazer mais com menos é compartilhado em qualquer área ou segmento. Como no marketing não é diferente, a autoridade mundial em marketing e autor de 44 livros, Philip Kotler, aborda um novo olhar sobre o Marketing, na abertura do segundo dia da HSM ExpoManagement 2010.

Criador de conceitos como marketing social, mega marketing, entre outros, Kotler defende agora um novo patamar no mundo dos negócios: o Marketing 3.0, no qual as companhias realmente compreendem seus clientes e partilham dos mesmos valores. “Nesta fase, a empresa se preocupa com a situação do mundo e quer contribuir para um mundo melhor”, pontua Kotler.

O acadêmico abre a palestra avaliando que entre o público presente na HSM ExpoManagement, 70% das empresas estão em um estágio de marketing 1.0, 25% já estão no marketing 2.0 e apenas 5% vivem a realidade 3.0. Mas esta realidade não é exclusiva do Brasil. As práticas de marketing estão evoluindo de forma gradativa.

Considerando que há 60 anos o marketing não existia, Kotler avalia que a mudança do marketing acompanha a evolução dos próprios mercados. Isto porque no passado, havia escassez de produtos, logo não havia a necessidade de uma estrutura de marketing, mas sim um ‘desmarketing’, como o executivo caracteriza, ou seja, era preciso a redução da demanda.

De acordo com Kotler, as empresas que não acreditam no valor de um trabalho sustentável, acabam contribuindo para a sua inviabilidade no longo prazo. “Se negligenciarmos a sustentabilidade, voltaremos a era de escassez. Se não fizermos o que é certo, entraremos na era do ‘desmarketing’”, posiciona-se.

Tendo a visão clara de que o marketing é a ciência de gerenciamento da demanda, Kotler acredita que o modelo tradicional tende a minguar com o tempo. Isto abre espaço para práticas de criação, comunicação e transmissão de valor aos clientes.

“O marketing 1.0 era centrado no produto; o marketing 2.0 era orientado ao cliente e agora o marketing 3.0 é orientado a valores”, explica. Mais do que isso, o professor da Kellog diz que “estamos em uma era em que a cultura da sua empresa é o conjunto de valores que você representa aos seus clientes”.

Mas o executivo alerta que não adianta querer seguir esta nova onda de evolução e partir de uma cultura 1.0 para a 3.0. “Isto é impossível”, desencoraja Kotler. Para sair de um cenário em que mais do que vender, satisfazer e reter clientes, a empresa que deseja fazer um mundo melhor, precisa de uma mudança de comportamento. E um pensamento precisa ficar claro: “Sua empresa vende experiência e não produtos e serviços”, proclama Kotler, como se fosse um mantra.

E para ajudar aos congressistas da HSM ExpoManagement 2010, Kotler lista as 8 características das empresas mais admiradas ao redor do mundo, do livro “A Bolha da Marca”, que analisou 40 mil marcas durante 20 anos. São elas:

1. Alinham os interesses de todos os grupos de stakeholders.

2. Os salários de seus executivos são relativamente modestos.

3. Adotam uma política de “portas abertas” de acesso à alta gerência.

4. A remuneração e os benefícios de seus funcionários são elevados para a categoria; o treinamento de seus funcionários é mais longo; e a rotatividade da mão de obra é menor.

5. Contratam pessoas que têm entusiasmo pelos clientes.

6. Consideram os fornecedores parceiros legítimos, que colaboram para melhorar a produtividade e a qualidade e para reduzir os custos.

7. Acreditam que a cultura corporativa é seu maior ativo e sua principal fonte é a vantagem competitiva.

8. Seus custos de marketing são muito menores que os de outras empresas do setor e, ao mesmo tempo, a satisfação e a retenção de clientes são muito maiores.

Em resumo, Kotler defende que as empresas são amadas, porque seus clientes satisfeitos fazem a publicidade. “Se você cria um caso de amor com seus clientes, eles mesmos se encarregam por fazer a sua publicidade”, conclui.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Audiência pública no MEC para discutir as diretrizes curriculares do curso de Relações Públicas

Eu a professora Margarida Kunsch











Hoje pela manhã, estive na audiência pública no Ministério da Educação sobre diretrizes curriculares do curso de RP.
A reunião foi muito produtiva!Estiveram representantes do curso de Comunicação Organizacional da Unb, de Goiânia e de Cutritiba.
Falaram Ana Lucia Novelli (RP do Senado); Elizabeth Pazito Bradão, Margarida Kuncsh, Paulo Nassar e outros.

Discutiu-se as atribuições do RP, foi se colocado, como foco central o relacionamento. Essa nomenclatura foi rebatida por alguns RPs presentes,que consideraram o termo: responsável pela gestão da comunicacão, mas adequado para designar o profissional de Relações Públicas, pois relacionamento não seria algo específico das RPs, mas gerenciamento da comunicação como um todo, sim.

O estágio dos alunos e os laboratórios também foram tema da audiência. Sugeriu-se que os estágios fossem realmente supervisionados e contextualizados em sala de aula. Pois, eu muitos casos, os alunos eram só mão de obra barata. É importante que os alunos coloquem realmente em prática o que aprendem na teoria e que um professor visitasse a empresa esporadicamente para conhecê-la e observar o trabalho do estagiário. Já a questão dos laboratórios, estes são imprescindíveis para a qualidade do curso. Não se pode curdar algumas disciplinas, como por exemplo pesquisa em opinião pública , sem um bom laboratório, com equipamentos em bom estado e softwares atuais, afim de auxiliar na tabulaçoa de dados, etc.

A audiência abordou temas como disciplinas que seriam inclusas no curso,e profissionais de outras áreas como por exemplo Administração afim de "oxigenar" o curso com novas visões e contribuições.

Abordou-se também, a regionalização do curso, ou seja o curso teria uma
grade fixa com disciplinas teóricas e técnicas, mas cada Faculdade/ Universidade, de
acordo com sua região e mercado complementarias com outras disciplinas
de acordo com a necessidade. Ex: Manaus, poderia complementar com
disciplinas ligada a ecologia e etc. Brasília, mas atenção ao
Cerimonial.

Margarida Kunsch, destacou a importância da qualidade do curso dee Relações Públicas para definir a demanda do mesmo. Em São Paulo, segundo ela existem excelentes de RP.

Finalizando, essa foi a última audiência pública, acredito que, juntamente com as demais, ocorridas em outros estados,todas contribuíram e muito, para as devidas mudanças que ocorrerão nas diretrizes curriculares do curso de RP. Até porque a Faculdade/ Universidade que também não atender aos pré-requisitos das novas bases, não poderão oferecer o curso de Relações Públicas.

Vamos aguardar o documento final proposto pela comissão.

domingo, 10 de outubro de 2010

Mcluhan, Retrô moderno Ultima Linha.

Vídeo dos meus alunos na disciplina de Teorias e Técnicas da Comunicação.
Tema: Escola de Toronto - Marshall Macluhan; O meio é a mensagem.



sábado, 4 de setembro de 2010

Mineiros chilenos e as lições de gestão de crises





















O drama dos 33 mineiros soterrados em uma mina no Chile, acompanhado por toda a mídia mundial, independentemente do lado humano, pode ser uma experiência interessante para analisar conceitos e premissas de gestão de crises. A começar pelas falhas que levaram ao desabamento. A empresa proprietária da mina não cumpria as mínimas exigências de prevenção de acidentes, o que poderia ter evitado ou minimizado a tragédia. As famílias resolveram processar a mineradora. Tentativa que poderá ser em vão, porque ela não voltará a funcionar. Está quebrada.

A falência da empresa proprietária da mina San José é apenas parte do problema. Ou uma pequena mostra da vulnerabilidade desse setor no Chile. O governo chileno também falhou ao não ter um plano de fiscalização permanente e de prevenção de segurança nas minas do país. Em função do acidente ocorrido com os 33 mineiros, ontem o governo anunciou o fechamento de outras 26 instalações de mineração.

A notícia de que os 33 trabalhadores, desaparecidos há 17 dias, estavam vivos, causou euforia nas equipes que do lado de fora esperavam notícias. Eles ficaram todo esse período incomunicáveis, o que já bastaria para aumentar o drama e o risco psicológico e físico dos mineiros. Sobreviveram com restos de comida, conservas e água que encontraram em veículos de manutenção. Com grande risco para a saúde.

O ministro de Mineração, Laurence Golborne, anunciou que revisará as regras de segurança e aumentará a fiscalização. Como sempre, e principalmente nas tragédias, as autoridades chegam tarde e prometem providências que acabam não cumprindo. Para os mineiros, principalmente, essas promessas têm pouco valor. "O empregador deveria saber que um acidente como esse, com resultado trágico de morte, poderia ocorrer", afirmou o advogado da família.

É consenso nos manuais de gerenciamento de crises, que a primeira fase de um programa de gestão de crises inclui medidas de prevenção e de análise das vulnerabilidades, ou seja uma auditoria de crise. Uma fiscalização de rotina na mina de Copiapó certamente teria alertado sobre o risco das instalações e o perigo de um desabamento.

Se a empresa não tinha esse cuidado, os órgãos fiscalizadores deveriam manter uma mínima rotina de fiscalização. O que poderia ter redundado no fechamento das instalações. Dada a precariedade de muitas minas no Chile, os especialistas admitem que foi sorte até agora não ter havido uma tragédia de grandes proporções. Na terça-feira (31), os mineiros bateram o recorde de sobrevivência em soterramentos, passando 26 dias embaixo da terra. Só três mineiros chineses conseguiram sair vivos de um soterramento, após 25 dias.

O acidente ocorreu em 5 de agosto, em uma mina de cobre e ouro no Deserto do Atacama, no norte do país. Os 33 mineiros trabalhavam a uma profundidade de 700 metros quando houve um desmoronamento em uma galeria. Eles ficaram presos em um refúgio, com 52 metros quadrados. Conseguiram sobreviver - graças a tanques de água que estavam no local e canais de ventilação.

O drama dos mineiros chilenos lembra um clássico do cinema mundial, de 1951, o filme A montanha dos sete abutres, com Kirk Douglas no papel de um repórter que aceita emprega num pequeno jornal do Novo México. Como o trabalho é bastante monótono, ele descobre que um homem havia ficado preso numa mina. Ao vislumbrar a possibilidade de se tornar famoso com a notícia exclusiva, ele tenta prolongar a permanência da vítima no interior da mina.

Ambiente interno

Se fora da mina, o ambiente é de preocupação e stress, para correr contra o tempo, a sobrevivência deles dentro de um cubículo de 52 metros quadrados também exigirá várias rotinas que fazem parte das premissas básicas de gestão de crises. Corretamente, as autoridades procuraram estudar o perfil de cada um dos sobreviventes e já elegeram ou indicaram um líder. Trata-se do mineiro mais velho e mais respeitado no grupo, com 63 anos, desde os 12 no interior das minas. Como administrar a rotina de 33 homens, sob condições precárias, sem luz, e com uma pressão psicológica muito grande, naquele ambiente? Por isso, é necessário na crise sempre ter alguém para comandar as ações e a quem todos devem se reportar na hora de resolver as pendências.

O grupo também deve ter outros membros com ascendência sobre os demais. Esse pequeno grupo poderia constituir o chamado Comitê de Crise. Não seria possível, naquela situação extrema, deixar tudo por conta do mineiro mais velho. Ele precisa ter apoio dos influenciadores. Como na sobrevivência em guerras ou desastres, é preciso estabelecer rotinas, até mesmo racionar água e alimentos, comandar a higiene, cozinhar, caso contrário os fortes engolem os pequenos. Basta lembrar algumas cenas do filme e livro Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago.

As autoridades responsáveis também escolheram um porta-voz. É através dele que os mineiros se dirigem oficialmente à equipe de resgate, aos parentes e à mídia. As comunicações individuais são disciplinadas. Até o tempo de conversação com os parentes está limitado a um minuto. Faz parte também do tratamento recomendado por psicólogos e assistentes sociais. O que significa estabelecer ordem naquele caos. Muita conversa acabaria também debilitando física e psicologicamente os mineiros.

Nesse momento, as equipes de resgate querem manter o moral elevado e o equilíbrio do grupo. Mesmo do lado de fora, será preciso haver disciplina, comando, rotinas muito rígidas. Está proibido aos parentes dar notícias ruins. Correto. Para que deprimi-los ainda mais? O que resolveria?

Ou seja, existe também um comitê de crise no lado de fora. Este comitê, certamente coordenado pelo governo do Chile, além de administrar o dia-a-dia, conduz os trabalhos de perfuração do poço adicional, que servirá para resgatá-los. E centraliza todas as decisões em terra, relacionadas com os contatos e o apoio aos mineiros. Até agora eles não sabem que o resgate poderá levar quatro meses. A última tentativa, com a perfuração em outros locais, tenta reduzir esse tempo para dois meses. Mesmo assim, uma eternidade para quem está soterrado a 700 metros de profundidade, com temperaturas de 36 graus e umidade relativa do ar em 95%. Uma verdadeira sauna.

Todas essas rotinas já estabelecidas tentam gerenciar uma situação de profundo stress para o grupo. Os psicólogos admitem que com o passar dos dias e num ambiente de confinamento, mas sob condições adversas, o grupo pode perder a coesão. Eles poderão ter alucinações, começar a entrar em pânico com a demora no resgate, adoecer e ter distúrbios de sono, o que agravaria o quadro psicológico. Ou seja, tanto as equipes externas, como o grupo no interior da mina serão testados no seu limite.

Fonte:
Forni
http://jforni.jor.br/forni/?q=node/432
Foto: google imagens

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Palestra Pública : Ferramentas de comunicação: mídias sociais e sua aplicabilidade em coaching

Data:29 de julho de 2010·
Horário: 19:00 h

Localização Auditório do Laboratório Sabin (Unidade Brasilia Shopping) Centro Empresarial Brasília Shopping, Torre Sul, 1 andar. SCN, Qd 05, sala 101/104

Palestrante: Mara Baroni



Tema da palestra:
Ferramentas de comunicação: mídias sociais e sua aplicabilidade em coaching

Esta palestra faz parte do ciclo de palestras do: ICF Brasília Chapter
Mais informações sobre o ICF, no http://blog.adrianalombardo.com/

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Minha Comunicação: Respeitável Público!

Minha Comunicação: Respeitável Público!: "Vai começar o Espetáculo! Hoje tem marmelada? Hoje tem goiabada? E o palhaço, o que é? E o palhaço quem é? Para o dicionário Aurélio Espe..."

domingo, 11 de julho de 2010

"Não subestimem as redes sociais"




Charlene Li, fundadora do Altimeter Group

Muitas companhias já estão usando as mídias sociais para se relacionar com os consumidores. Mas nem todas da forma correta. Mais um motivo para ouvir o que Charlene Li, uma das maiores especialistas nesta perigosa relação com a internet, tem a dizer

Por Bruno Galo

Em 2009, ela foi apontada pela revista norte-americana Fast Company como uma das mulheres mais influentes na área de tecnologia. É coautora do livro Groundswell: Fenômenos sociais nos negócios, um manual repleto de dicas, exemplos e estatísticas para o bom uso das mídias sociais nos negócios. Ela, que é fundadora do Altimeter Group, especializada em estratégias online, vem ao Brasil falar para mais de 500 executivos em seminário da HSM no final de março. Em entrevista exclusiva à DINHEIRO, Charlene explica por que os empresários não devem subestimar as redes sociais.

DINHEIRO – O que a sra. quer dizer com a expressão “groundswell” (ground-swell, em inglês, quer dizer algo como “forte e profunda ondulação no oceano” ou “repentina acumulação de forças”)?

CHARLENE Li – O groundswell é um movimento espontâneo de pessoas que conseguem o que precisam umas das outras graças às novas tecnologias, como as redes sociais, em vez de irem atrás de empresas, instituições ou governos. Quando nos juntamos online, uma grande força, que é muito difícil de ser parada, se forma. Não víamos isso no passado.


DINHEIRO – Mas por que as empresas devem prestar atenção ao "groundswell"?

CHARLENE – Não se trata apenas da multidão envolvida, mas da possibilidade realmente assustadora de que algum concorrente entenda este fenômeno primeiro e se aproveite dele de uma forma melhor e mais rápida. Mas esta não é a única ameaça. Outra tendência é de que pessoas conectadas e trabalhando de forma colaborativa já podem hoje concorrer com as empresas. E haverá cada vez mais produtos criados dessa maneira que competem com os produzidos pelas grandes empresas. Tudo isso pode ser uma ameaça ou uma oportunidade para as corporações. E para isso ser uma oportunidade é preciso compreendê-la.


DINHEIRO – Qual a importância das redes sociais para os negócios?

CHARLENE – Essencial. E há muitas maneiras de usá-las a favor dos negócios, como divulgação e para estreitar relacionamentos. O que está acontecendo afeta, sobretudo, a maneira como as pessoas conversam umas com as outras. Elas compartilham suas opiniões sobre produtos e marcas. Mesmo os funcionários podem estar falando de suas empresas. Há muitas formas diferentes de redes sociais. Mas seja você uma pequena empresa, seja uma grande companhia, precisa aprender a lidar com as mídias sociais.


DINHEIRO – O que vem primeiro: as pessoas ou a tecnologia?

CHARLENE – As pessoas, sem dúvida. A tecnologia só tem sentido se ela servir para que nos conectemos. Seja lá o que você ou sua empresa queiram, a tecnologia pode ajudar a conseguir. No livro, proponho um método de quatro etapas para desenvolver estratégias online, que chamamos de Post (acrônimo em inglês de pessoas, objetivos, estratégia e tecnologia). Primeiro, descubra como as pessoas com as quais quer se comunicar usam a tecnologia. Depois, estabeleça os objetivos, como impulsionar o marketing online. A terceira etapa é identificar de que maneira você quer mudar as relações com os clientes. Quer que eles estejam mais comprometidos com a empresa ou prefere que difundam mensagens entre seus conhecidos? Responder a essa pergunta ajuda a planejar a estratégia e medir seus avanços. Por último, vem a tecnologia. Por exemplo: a equipe de marketing da P&G criou uma comunidade no site beinggirl.com, depois de avaliar que meninas entre 12 e 15 anos visitam redes sociais. Assim, conseguiu atingir um público difícil de ser envolvido pelas campanhas tradicionais.



“A internet vai se tornar mais móvel. Quase tudo o que você precisa fazer conseguirá pelo celular ”


DINHEIRO – Toda empresa precisa ter um blog ou uma conta no Twitter?

CHARLENE – Absolutamente não. Muitas companhias não necessitam ter um blog ou estar em uma rede social. O segredo está em identificar a ferramenta correta, o que vai depender do público com quem você quer falar e do claro entendimento dos objetivos dessa relação. Mas todas as empresas precisam, ao menos, estar atentas ao que as pessoas estão fazendo e dizendo em seus blogs ou perfis do Twitter. Mudar o seu posicionamento e a sua relação pode ser algo muito difícil. Por isso, comece com um plano modesto, mas com potencial de crescimento.


DINHEIRO – Qual o canal mais eficiente para se desenvolver uma marca?

CHARLENE – Entendo que não se trata de um único canal. Alguém pode dizer: “Tenha um blog, essa é a solução. Afinal, todo mundo tem um blog.” Isso não é uma verdade absoluta. O seu caminho talvez passe por um blog, mas talvez passe por uma rede social, se uma boa quantidade de consumidores a estiver usando. No final, tudo depende da relação que as pessoas querem estabelecer. Então, se você está falando em desenvolver a sua marca não há um único caminho. A melhor forma de olhar para isto é pensar em quem quero atingir: são os meus clientes, meus funcionários, meus parceiros ou todos os três?


DINHEIRO – Mas como os executivos que desejam estabelecer um canal de comunicação com os seus clientes e consumidores devem agir?

CHARLENE – Neste caso, a primeira questão a ser respondida é: por que um executivo quer estabelecer um relacionamento com o público? Qual o tipo de relação que ele deseja criar? Clientes, consumidores e a audiência em geral precisam e querem entender qual o motivo para a sua presença online. É por que você quer me vender alguma coisa? Ou então por que você quer saber a nossa opinião sobre algo? Entendo que um objetivo claro é o primeiro passo para um bom canal de comunicação.


DINHEIRO – A sra. pode contar um exemplo de uma grande companhia que soube responder de forma efetiva a uma grave crise online?

CHARLENE – Sim, há muitos exemplos no livro, mas destaco um episódio envolvendo a Johnson & Johnson, que não está lá. Ela criou uma campanha voltada para as mães para divulgar uma linha de remédios para dores musculares. De repente, quase dois meses depois, um monte de gente em blogs e no Twitter começou a protestar. A campanha foi acusada de usar um tom impróprio para divulgar o remédio para mães que carregam seus bebês em suportes junto ao corpo. A peça trazia uma série de frases que tentavam se conectar com as mães ressaltando as dores causadas pelo ato de se carregar uma criança e mostrava o remédio como solução para elas. Alguns críticos notaram que a peça tratava os bebês como acessórios. “Vestir seu bebê parece estar na moda” era a frase que abria um dos vídeos. Em 48 horas, a Johnson & Johnson tirou a campanha do ar e a vice-presidente de marketing da companhia começou a se desculpar com blogueiros pessoalmente. A Johnson & Johnson foi hábil em lidar com essa crise e falar com a imprensa, criando inclusive o seu próprio blog para tratar do assunto. Paralelamente, a empresa encontrou mães que haviam usado o produto e estavam dispostas a dar os seus testemunhos sobre os efeitos positivos do tratamento. Logo, a empresa colocou alguns vídeos no YouTube com depoimentos dessas mães. Essa virada, é claro, só foi possível porque ela já tinha construído previamente sua credibilidade junto ao público. O melhor dos mundos, no entanto, é quando você consegue criar uma relação tão forte com uma parcela do público que ela mesma defenda você.


DINHEIRO – Qual a importância de ouvir nas redes sociais?

CHARLENE – Total. Só assim você pode se antecipar ou ao menos ter conhecimento de uma crise que pode estar se formando. Empresas como a HP e Dell não costumam esperar que o consumidor ligue para a empresa para reclamar de alguma coisa. Ao primeiro sinal, elas costumam entrar em contato com os clientes insatisfeitos em seus blogs ou no Twitter e perguntam: “O que está acontecendo? Como posso lhe ajudá-lo?” Isso é algo que você não poderia fazer no passado. E essa é a forma mais proativa que uma empresa que presta um serviço pode agir. Além disso, a relação que se estabelece entre cliente e empresa é outra.


DINHEIRO – Nos últimos anos vimos a ascensão da web 2.0 e das redes sociais. O que a sra. espera para os próximos anos?

CHARLENE – A internet vai se tornar cada vez mais móvel e interligada, quase tudo que você precisa fazer conseguirá pelo telefone. Dessa forma, poderemos estar conectados a qualquer hora e em qualquer lugar. E as redes sociais vão estar em toda parte. Elas vão se tornar como ar. Estaremos sempre conectados, mas precisamos manter um equilíbrio, não devemos nos tornar escravos da tecnologia. E é assim que lido com ela.


DINHEIRO – Qual a sua principal mensagem para os executivos brasileiros?

CHARLENE – Não subestimem as redes sociais. As comunidades online que você usa na sua vida pessoal, como passatempo, podem e devem ser usadas no seu trabalho, para que a empresa em que você trabalha possa atingir seus objetivos. As companhias que conseguem fazer isso bem estabelecem uma relação de confiança com o público, mas o controle é relativo. A principal razão para muitas empresas não participarem dessa revolução é que elas temem não estar no controle do que as pessoas vão dizer. E o meu ponto é que tudo isso não vai embora de uma hora para outra. Então é preciso aprender a lidar com isso e, se possível, tirar proveito desse movimento.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O quê aprendemos com o CALA BOCA GALVÃO





Artigo de Cláudio Torres, consultor em marketing digital e mídias sociais, autor do livro A Bíblia do Marketing Digital, publicado originalmente em 21-06-2010
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Esta semana circula a edição da Revista Veja que tem na sua capa o famoso viral que estourou no Twitter na semana passada, o “CALA BOCA GALVÃO”. A matéria mostra um panorama geral do Twitter, incluindo informações bastante curiosas, como a briga entre a CNN e o ator Ashton Kutcher pelo primeiro milhão de seguidores, a recente briga entre Rick Martin e Hugo Chavez, que tuitou que o cantor era chavista e foi desmentido, e um comentário meu onde afirmo que 18% dos votos que serão disputados na Internet nas eleições 2010.

Além disso, a matéria apresenta fatos interessantes sobre a ferramenta :

* O Twitter já é a segunda maior rede social do Planeta.
* O Twitter já tem 150 milhões de usuários, e 190 milhões de visitas únicas por mês.
* Todos os dias são 65 milhões de mensagens via Twitter.
* Todos os dias são feitas 600 milhões de buscas no Twitter.
* No Brasil o Twitter é a segunda maior rede social com 11 milhões de visitantes únicos, perdendo só para o Orkut.

Durante o sucesso do CALA BOCA GALVÃO alguns dos meus seguidores no Twitter (@oclaudiotorres) pediram que eu comentasse sobre o assunto, e outros afirmaram que seria o Case do Ano em Marketing Viral.

Como sempre faço decidi esperar um pouco para entender melhor o que de fato estaria acontecendo, para depois escrever um artigo mais relevante para meus leitores, com uma análise mais coerente.

Primeiro é preciso que se diga que a frase original “Cala a boca, Galvão” foi criada pelo Macaco Simão, do brilhante José Simão, que dispensa apresentações. Portanto já era um hit na comunicação jornalística e na boca do povo. Segundo é preciso ponderar que não houve um primeiro emissor, ou um gênio por trás da ação. Foi simplesmente a abertura da Copa do Mundo, e consequentemente o início dos comentários do locutor da Globo Galvão Bueno, que dispararam a frase, e sua consequente repercussão no Twitter, por milhares de Internautas. Ao que me consta, foi no dia 10/06, o dia da abertura oficial da Copa do Mundo, que a frase “CALA BOCA GALVÃO” apareceu pela primeira vez no Trend Topics ( lista do Twitter com os assuntos mais comentados ).

Como já aconteceu, e vem acontecendo todos os dias, alguma frase sempre acaba no Trend Topics. O que de fato gerou a explosão, e o interesse mundial, é que em função da gigantesca audiência da Copa do Mundo e, particularmente, o imenso interesse dos brasileiros pelo futebol, fizeram que a frase aparecesse não no TTBr ( o Trend Topics que mede só os assuntos discutidos no Brasil ) mas no Trend Topics geral do Twitter. Imagine os americanos, lendo uma frase incompreensível em Inglês, aparecendo no Trend Topics no dia da abertura do Mundial.

É óbvio que a curiosidade sobre o significado da frase foi o motivo que levou os Twiteiros de todo mundo, e a imprensa americana, a se interessar pelo nosso “CALA BOCA GALVÃO”. A grande explosão ocorreu no dia 11 quando o Wall Street Journal publicou, em seu blog, matéria sobre o tema e o significado da frase.

Depois disso um publicitário brasileiro, que ao que me consta mora nos Estados Unidos, postou o famoso vídeo no YouTube, com a campanha em defesa do “pássaro Galvão”, uma das explicações dadas de brincadeira pelos brasileiros para os americanos.

Mais uma vez, no dia 15, a frase “CALA BOCA GALVÃO” vai para o Trend Topics do Twitter, por causa da matéria publica pelo The New York Times explicando toda a história.

Assim, olhando toda a história, posso realmente comentar o que aprendemos com o “CALA BOCA GALVÃO”, em particular do ponto de vista do marketing digital, do uso da Internet para os negócios.

Em primeiro lugar, é fato notório, comprovado mais uma vez neste caso, que a impressa está ligada no Twitter de forma irreversível, e que assuntos que aparecem com relevância na rede passam a pautar muito jornais importantes. Isso mostra que o Twitter pode ser uma ferramenta de comunicação empresarial muito eficiente, principalmente se associada a um blog, o que dá mais profundidade aos textos. Os jornalistas estão, cada dia mais, ligados a Internet e ao Twitter, e a ferramenta passou a ser fundamental na assessoria de comunicação e nas relações públicas.

Em segundo lugar,o caso mostra a importância de estar monitorando as mídias sociais, e a repercussão que um ataque a sua marca ou a um candidato a eleição, pode atingir na rede. Não se trata de patrulhamento, mas da constatação que a Internet pode prejudicar uma marca, um produto ou uma pessoa em escala planetária, sem que ela sequer esteja presente na rede. Note que o Galvão Bueno não é um usuário intensivo das redes sociais, e que não houve nenhuma frase, comentário, post ou ação nas mídias sociais que gerasse o efeito indesejado do “CALA BOCA GALVÃO”. Foi uma ação espontânea de Internautas que estavam cansados do seu estilo de locução. Assim, estar presente nas mídias sociais e ficar atento aos ataques a sua marca ou nome, é uma atividade prioritária para qualquer negócio, mesmo para um gigante das comunicações como a Rede Globo, ou uma figura popular como o locutor Galvão Bueno.

Em último lugar, cabe dizer que não se trata de marketing viral. É sim um bom exemplo sociológico sobre o efeito viral da rede. Mas não é marketing viral. É importante que as pessoas separem a comunicação na Internet, como um fenômeno social, do marketing digital, uma parte desta comunicação voltada a produzir efeitos positivos nos negócios, nas marcas e nos produtos. Para ser marketing viral deve haver uma mensagem que traga benefício a marca. Para isso é preciso planejamento, difusão, controle e principalmente resultados. O caso do “CALA BOCA GALVÃO” não foi criado por alguém, nem planejado, e nem beneficia nenhuma marca. Ele tem na verdade um ataque a imagem do locutor Galvão Bueno, mas que pode ser considerada quase neutra, já que apenas mostra que alguns gostam dele e outros não, coisa comum em figuras de grande exposição na mídia. Criar uma grande barulho na rede através do efeito viral, não é marketing viral, mas somente uma constatação do efeito viral que, como todos já sabemos, está presente na rede.

O caso “CALA BOCA GALVÂO” nos mostra importantes lições sobre comunicação empresarial e sobre a importância de se ter planos de comunicação em momentos de crise nas redes sociais. Mostra também que o efeito viral é muito poderoso, o que valoriza o marketing viral, mas que alerta para a necessidade de se trabalhar ações virais muito bem planejadas, para evitar que o tiro saia pela culatra.

Em tempos de eleições e campanha política o “CALA BOCA GALVÃO” reforça uma das frases que digo em todos os meus seminários “nenhum candidato vai ganhar as eleições por causa de Internet, mas muitas vão perder por causa dela”.

Em tempo de negócios globalizados o “CALA BOCA GALVÃO” reforça outra frase que repito sempre quando falo de marketing digital “Aja agora, porquê amanhã é tarde

sábado, 19 de junho de 2010

Dia de tristeza infinda: Saramago morreu





" Saramago foi um homem simples, um serralheiro que aprendeu tarde a ler, e depois, como uma surpresa, começou a escrever livros. De serralheiro, passou a entalhar palavras. Escrevia como vivia: de um jeito simples. Conta uma história que seu editor, ao receber o manuscrito do primeiro livro, queria colocar pontos, vírgulas, parágrafos, em sua escrita. Mas ele não aceitou. E então, ficou para nós essa escrita como uma associação livre, que toca para além do Eu.

Escuto agora todas as matérias sobre sua morte. A imprensa, quase unanimemente, diz: era tão pobre, de família tão pobre, tinha tão poucos recursos. Por acaso um escritor sai da riqueza? Por acaso sai da academia? Um escritor sai de sua história.

Há cerca de três anos quase morreu. Mas sua mulher Pilar lutou contra. Ele dizia a ela que tinha chegado a hora. Ela respondia que não. Já tinha desistido de escrever, mas como ela não aceitava que ele morresse, resolver escrever mais um livro. E saiu A viagem do elefante. Que tem como epígrafe: a Pilar, que não me deixou morrer.

Escreveu outros depois desse.

Em dezembro do ano passado, no avião, abro a revista da TAP e começo a ler uma entrevista feita recentemente com José Saramago. Nela faz o mais belo panorama de sua vida, de sua escrita e de seu encontro amoroso com sua atual mulher, a jornalista espanhola, Pilar.

Relata que tem dois lugares no mundo, Lisboa e sua ilha de Lanzarote e não sabe mais qual deles é seu lugar no mundo: a Lisboa, onde se fez homem e escritor ou Lanzarote, a ilha que escolheu para viver.

Das viagens que fez pelo mundo, respondendo a uma pergunta da jornalista Ana Sousa Dias, diz que a viagem mais importante é a viagem “das pessoas e das coisas, no tempo”. E conta sobre as casas que construiu: “Fizemos esta casa, fizemos outra em Lisboa. Nunca tive casas, nunca tive bens de raiz, e agora tenho tudo, a começar por uma mulher extraordinária que foi a grande sorte de minha vida. E não é pela comodidade da pessoa que envelhece e que tem a seu lado alguém a quem quer, a quem ama e que sabe que é amado e querido por essa pessoa. Não é isso. Escrevi em “Cadernos de Lanzarote que se tivesse morrido com 67 anos, antes de conhecê-la, teria morrido mais velho do que sou agora, porque ela veio trazer – nem sei dizer o quê – a felicidade, sim, mas a felicidade é uma palavra curta, veio trazer outra coisa, um sentido de vida novo. Mesmo assim, isso não diz tudo”.

Em parte sua afirmativa que Pilar tem todos esses méritos é mentira: são seus próprios recursos – e os jornalistas do mundo só falam de sua ex-pobreza – que lhe permitiram viver com tanta sorte e ser feliz com uma mulher. Mas atrás desse mentira/ficção que conta-nos, fala uma verdade: a verdade mais estrutural de todo ser humano, de que somos orientados para o Outro. Vivemos pelo Outro e até deixamos de morrer pelo Outro.

Embora Saramago tenha tantos recursos, viveu a vida não como Poros e sim como Pênia – estou fazendo analogia com o mito de nascimento do amor – sempre pobre, simples, dormindo em chão duro, pelos caminhos. Por isso a surpresa de ter escrito livros, por isso a surpresa de ter tido casas.

Sei que ele como um serralheiro das palavras, esculpiu com sua obra, seu nome no mundo, mas hoje, especialmente hoje, não estou aceitando sua morte. E penso que a literatura nunca será a mesma. Estou muito, muito triste: nada mais de novos livros de Saramago, nada mais de entrevistas com Saramago nos dias que virão."



Andrea Brunetto
Psicanalista do Campo Lacaniano e Docente

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Relações Públicas ou “morte”!

ROBERTO PORTO SIMÕES


Nenhuma empresa entra, se mantém e, tampouco, se desenvolve em mercado competitivo de sociedade democrática, sem que, entre outras variáveis, seu produto/serviço seja conhecido por esse mercado. Todavia, o sucesso de uma empresa não se limita à comunicação, no sentido de publicidade de produto/serviço. O êxito organizacional, algo mais amplo. Passa, necessariamente, por decisões adequadas e das mesmas, inicialmente, para com os empregados/funcionários e depois para com todos os públicos, além dos consumidores e clientes.

Algumas empresas, mesmo satisfazendo todas as variáveis do marketing, podem desaparecer ou ter grandes prejuízos em razão de conflitos com seus públicos. Exemplo a citar: um bar que, faturando plenamente com a casa cheia, foi fechado por produzir barulho “excessivo”, importunando a vizinhança, integrada em uma associação de moradores organizada e forte. Este bar, ao reabrir, alguns meses após, não tinha mais freguesia. Esta se dispersara, mudara de hábitos. Isso ocorre porque a empresa possui inúmeros outros públicos, além dos clientes, com os quais troca algum bem. Ex.: os funcionários recebem salários e fornecem sua mão-de-obra; o governo concede permissão para funcionar e recebe impostos. A comunidade cede seu espaço e seu ar, recebendo em troca, os benefícios que a empresa produz em seu todo. Certamente que àquela não lhe agrada a poluição do ar pela indústria e o movimento e a sujeira perto de um super mercado. A organização deve transacionar com vantagens para si e para os públicos que afetam seus objetivos. “O bom negócio é o que agrada ambas as partes”.

A probabilidade de ocorrência de problemas com os públicos, bloqueando o processo de intercâmbio, depende das informações divulgadas do que faz e diz a organização em relação a expectativas dos mesmos em determinado momento histórico-conjuntural. Esse agir e dizer se inicia pelas políticas e normas estabelecidas pelos diretores, gerentes e chefes, se transmite pelo que fazem e dizem os empregados, pelo que divulgam as notícias e a publicidade e termina pela satisfação que provoca a qualidade do produto/serviço. Ex.: Atendimento mal feito em uma agência bancária pode expulsar clientes. Anúncio comercial de empresa estatal com monopólio pode gerar má vontade, pelo menos nos lideres de opinião e depois certamente nos contribuintes.

As expectativas dos públicos, a sua vez, correlacionam-se diretamente com os níveis de informação e participação na sociedade das pessoas que constituem os mesmos. Quanto mais politizada uma pessoa, mais exigente será. A profundidade dos problemas com os públicos depende do nível de democracia participativa da comunidade, do envolvimento dos meios de comunicação de massa (com o dever de oficio de denunciar os deslizes das organizações) e de uma estrutura judiciária forte e eficaz.

Cada vez mais a sociedade se organiza. (Veja: as associações, sindicatos, etc.), os meios de comunicação possuem liberdade de imprensa e o poder judiciário se flexibiliza. Certamente, as organizações, além de produzir bom produto/serviço, terão de apresentar com outros benefícios sociais.

Assim, o administrador eficaz, além de se ocupar dos aspectos mercadológicos, produção, financeiro, potencial humano, pesquisa e desenvolvimento, estabelece, também, políticas, normas e programas de Relações Públicas com seus públicos, por saber que isso facilita as transações, é anticorpus aos problemas de relação de poder que surgem, naturalmente, entre as partes envolvidas e, também, é ponto forte na competição com os concorrentes.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Reprint - Relações Públicas tem futuro promissor no Brasil




A entrevista com Jeffrey Sharlach foi originalmente publicada no Portal Exame no dia 31/05/2010.

Relações Públicas tem futuro promissor no Brasil

Jeffrey Sharlach, um dos profissionais mais respeitados do mundo na área, conta a EXAME por que o Brasil é o melhor mercado para sua agência



São Paulo - O norte-americano Jeffrey Sharlach é um dos profissionais de relações públicas mais respeitados do mundo. Dono da agência multinacional The Jeffrey Group, há 17 anos apostou no mercado latino-americano para alavancar seus negócios. Deu certo. Hoje tem filiais em quatro países, parcerias em outros 23, e faturamento de aproximadamente US$ 5 milhões. Com a popularização da internet e das redes sociais, Sharlach vê no Brasil um grande espaço para o crescimento da comunicação corporativa.

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"Os brasileiros são muito sociáveis. Esse é um dos motivos do nosso sucesso por aqui", afirma. Responsável por contas como Sony Ericsson, Coca-Cola, Kodak, American Airlines e Johnson & Johnson, o The Jeffrey Group tem em São Paulo seu maior escritório, segundo o fundador. E foi no Brasil que ele escolheu centralizar as atividades na área digital, nomeando um profissional específico, o jornalista Gerson Penha, para cuidar do trabalho em redes sociais.

A própria empresa realizou uma pesquisa em fevereiro, durante a última Campus Party, na 86% dos entrevistados disseram confiar mais em empresas que interagem com seus consumidores na internet. "Uma propaganda irá dizer 'faça isso, faça aquilo'. Relações públicas sempre teve a ver com formar, educar e engajar as pessoas. É por isso que as relações públicas tiveram muito mais sucesso na transição para o digital", diz Sharlach. "Nós sempre temos que ouvir as pessoas, estamos em uma conversação entre duas partes".

Na semana passada, Sharlach esteve no Brasil em visita ao escritório local, e conversou com o site EXAME. Confira a entrevista exclusiva:

EXAME - Qual a diferença de trabalhar com relações públicas no Brasil e em outros países?

Jeffrey Sharlach - Eu acho que o Brasil, antes de tudo, é um país muito jovem – relações públicas aqui é um setor muito novo. Por isso, há muitos profissionais adeptos de novas tecnologias. Outra coisa é que as redes sociais são muito importantes por aqui, porque os brasileiros são muito sociáveis. Esse é um dos motivos do nosso sucesso por aqui, já que as pessoas são muito influenciadas diretamente por outras pessoas. A melhor forma de influenciar uma pessoa é por meio de seus pares, de pessoas em quem ela confia, com quem ela convive. Assim, as redes sociais são atualmente ferramentas muito importantes para influenciar o comportamento e as impressões dos consumidores. Se eu te disser para comprar este celular [tira um aparelho do bolso] porque ele é realmente bom, isso significará mais para você do que se você vir uma propaganda em um aeroporto.

EXAME - O senhor acha, então, que empresas que não estão nas redes sociais perdem visibilidade?

Sharlach - Eu dou aula em uma universidade de Nova York para 40 estudantes que têm entre 19 e 20 anos. Se eu pergunto para eles quantos leem o New York Times, que é o maior jornal de lá, ninguém responde. Mas se eu pergunto quantas pessoas acessam o Facebook todos os dias, todos levantam a mão. Ou seja, uma empresa pode aparecer no New York Times, mas os jovens entre 20 e 30 anos nunca verão. As companhias que estiverem visíveis no Facebook são as que essas pessoas irão conhecer. Acho que isso é uma coisa muito importante a respeito de como nosso trabalho está mudando.

EXAME - E as empresas estão sabendo usar as redes sociais?

Sharlach - Acho que ainda estão aprendendo. Tenho muita sorte de ter o Gerson [Penha, diretor de Comunicação Digital] aqui, porque ele é realmente um expert nessa área. O que é importante é sabermos quais as diferenças e especificidades de se atuar nas redes sociais. Por exemplo, agora há muita discussão em termos de privacidade. Se uma empresa não se preocupa com a privacidade dos consumidores, isso pode ter uma repercussão, causar transtornos para as pessoas quando elas acharem que sua privacidade está sendo violada. É importante ter essa noção dentro de todo o processo. Em cada um de nossos escritórios temos experts que fazem parte da equipe do Gerson. Todos tem acesso à mesma base de conhecimento.

EXAME - E o que muda em seu trabalho nessa era digital?

Sharlach - Lembro quando obtivemos nosso primeiro endereço de e-mail. Era um e-mail da AOL, uma da maiores provedoras de internet na época. Nossa empresa inteira tinha só um endereço de e-mail. Uma vez ia viajar e disse para minha assistente: 'cheque pelo menos uma vez por dia se alguém mandou um e-mail' [risos]. Enquanto isso, no escritório em Miami, tínhamos seis aparelhos de fax, porque estávamos o tempo todo enviando e recebendo fax. Hoje se você vir nossos cartões de visita, não há o número do fax neles, porque hoje alguém pode ficar duas semanas sentado em frente de um aparelho de fax até receber algum documento.
Acho que o e-mail iniciou essa era digital. Desde então a forma com que nos comunicamos digitalmente com nossos clientes evoluiu muito.

EXAME - Como?

Sharlach - As empresas podem pela primeira vez comunicar-se, de verdade, diretamente com o público. Antes, nossos clientes se comunicavam com a mídia, que era quem controlava a mensagem. Agora, é possível para todos comunicar-se com milhões de pessoas pela internet. Mas há desvantagens. Por um lado, é a empresa quem está falando diretamente e controlando a mensagem. Por outro, há conversas que se estabelecem sem o controle das empresas, como o que você vê no Facebook, Orkut e outras redes sociais. E não temos como interferir nessas conversas.

EXAME - Para o senhor, qual é o futuro das relações públicas?

Sharlach - Acho que vai se tornar cada vez mais importante, porque a comunicação nunca foi tão fundamental para o sucesso de um negócio como é hoje. Isto [pega uma lata de Coca-Cola que está sobre a mesa] poderia ser um produto terrível, com gosto horrível, mas por ter uma boa comunicação, uma boa imagem e uma boa reputação, todo mundo quer Coca-Cola. Não estou dizendo que isso seja verdade, estou falando hipoteticamente. Poderia também ser o melhor refrigerante do mundo, mas se tivesse uma imagem ruim e uma má reputação, ninguém iria consumir. Hoje, a comunicação é prioridade para o sucesso de um negócio especialmente no momento em que surgem as redes sociais. Relações públicas sempre teve a ver com formar, educar e engajar as pessoas. Uma propaganda irá dizer "faça isso, faça aquilo". É por isso que relações públicas tiveram muito mais sucesso na transição para o digital. Nós sempre temos que ouvir as pessoas, Estamos em uma conversação entre duas partes. É por isso que vejo o futuro das relações públicas com bastante otimismo.

EXAME - Como foi seu trabalho no início? Era muito diferente?

Sharlach - O que eu fazia no início era basicamente relações com a imprensa. Naquela época os jornais eram muito influentes. Se você tivesse algo em um grande jornal, como a Folha de S.Paulo ou O Globo, por exemplo, você conseguia atingir as pessoas que queria, então nosso trabalho era fácil. Hoje é muito mais complicado. Agora temos que lidar com vários meios diferentes que as pessoas usam para buscar por informação. Isso muda muito. Outra coisa é que, antes, nosso trabalho era 100% América Latina. Mesmo que eu não fale espanhol nem seja latino, comecei a agência pensando nisso. Agora mais de 25% do nosso negócio é voltado para o mercado hispânico norte-americano, porque os Estados Unidos são o país com a quarto maior população de falantes de espanhol no mundo.

EXAME - Por que decidiu trabalhar com a América Latina?

Sharlach - Começamos em Miami, em 1993, e havia muitas empresas multinacionais naquela época, muitas sedes regionais de empresas latino-americanas em Miami. Naquela época, era muito comum assinarmos contratos com diretores de comunicação regionais e controlarmos contas na América Latina. Antes de termos nossos próprios escritórios, trabalhamos com parceiros locais em outros países. À medida que fomos crescendo, os negócios foram ficando muito focados nos mercados da Argentina, Brasil e México. Daí vimos a necessidade de abrir nossos escritórios nesses países. O quadro mudou um pouco em 2001, por conta do colapso financeiro na Argentina, que gerou problemas que até hoje não foram resolvidos. Hoje, a maioria das empresas multinacionais que atendemos, eu poderia dizer 80% ou mais, são de dois países: Brasil e México. No Brasil a economia está muito forte, há muita atenção do mundo neste momento para o sucesso econômico brasileiro e também por conta da realização da Copa e das Olimpíadas aqui. A filial brasileira do Jeffrey Group é nosso maior escritório.

EXAME - E como foi o trabalho no Brasil no início?

Sharlach - A comunicação avançou muito. A tecnologia mudou tanto que já não é mais tão importante para as empresas ter sedes regionais. No início, para ter uma linha de telefone aqui no Brasil, tivemos que comprar no mercado negro. Eu estava nos Estados Unidos, nós abrimos nosso escritório e tínhamos que ter US$ 800 em dinheiro para cada linha de telefone no mercado negro, já que se eu procurasse a companhia de telefonia, eu teria que esperar quatro ou cinco anos para ter uma linha. As coisas realmente mudaram. A primeira vez que eu vim para cá, em 1991, não se aceitava cartão de crédito porque a inflação era muito alta. Houve muito avanço desde então.

EXAME - Por que decidu trabalhar com relações públicas?

Sharlach - Sou formado em jornalismo, mas fiz minha pós-graduação em direito. Na época da pós, trabalhava como produtor em uma emissora de rádio e tevê de Nova York. Me formei em direito, e decidi que não seria advogado, mas que continuaria a fazer meu trabalho. Depois de seis meses, recebi uma ligação de um headhunter que me convidou para uma entrevista. Era para fazer a mesma coisa, ou seja, produção para rádio e televisão, mas em uma agência de relações públicas. Foi a primeira vez que ouvi falar em relações públicas. Acabei pegando a vaga, era uma agência muito grande naquela época. Comecei como produtor e dentro da empresa acabei indo para a área de contas de clientes.

Em Nova York trabalhei em 17 agências diferentes. Em 1993 me mudei para Miami e abri o The Jeffrey Group. Era apenas uma ideia na época, eu não tinha intenção de começar um grande negócio. Meus planos eram outros. Eu queria relaxar, ir para a praia de Miami, dar aula na Universidade de Miami, queria escrever um romance, e iria prestar somente um serviço de consultoria, apresentando clientes que eu conhecia para pessoas da América Latina.

Assim que eu comecei o negócio, recebemos muito trabalho rapidamente. Comecei o The Jeffrey Group no meu apartamento em 1993 e logo no fim do ano tivemos que nos mudar para nosso primeiro escritório, em Miami. Em 1996 abrimos nosso primeiro escritório fora dos Estados Unidos, em Buenos Aires. Em 1997 em São Paulo; e em 1998 na Cidade do México. Mais recentemente, em 2006, abrimos a filial em Nova York.

EXAME - O The Jeffrey Group está em pleno crescimento. Vocês pensam em abrir novos escritórios?

Sharlach - Estamos crescendo particularmente aqui no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui por conta da economia aquecida como já disse. Nos Estados Unidos, por conta da população latina. Temos um censo demográfico a cada dez anos e no ano que vem teremos o resultado do levantamento que está sendo feito agora. Não tenho dúvidas que veremos um grande crescimento no número de hispânicos por lá. Então, por enquanto não há perspectivas de abrirmos um novo escritório, mas se isso for ocorrer será aqui ou nos Estados Unidos.

fonte: Portal Exame de 31/05/2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

As redes sociais e seu papel simbólico para os sujeitos




Ando pensando em muita coisa que ouvi e aprendi sobre pessoas, relações e comunicação, afim de , entender cada vez mais, o que move tanta gente a utilizar e fazer partes das redes sociais.Esse meu processo auto-investigativo, me remeteu primeiro a Freud e depois a Lacan, por que esses dois teóricos? Primeiro porque eu estudei ambos com profundidade, devido a uma formação que cursei em psicanálise, depois devido ao conteúdo teórico que eles oferecem na compreensão do enigmático e complexo universo humano.
Em seu livro Videologias, parceria com Eugênio Bucci, Maria Rita Kehl psicanalista de orientação lacaniana, no capítulo, Visibilidade e Espetáculo, explica a teoria do espelho de Lacan, e de como é importante os primeiros olhares da mãe para com o filho na sua estruturação psíquica. Segundo Lacan esse primeiro olhar é precursor do Eu ideal, ou seja ,eu sou inicialmente, o que minha mãe vê. Essa imagem irá me organizar para sempre. Depois, em uma outra instância, o pai, vem com sua autoridade separar, a criança da mãe, deste espelhamento, para que ela possa, projetar-se do amor materno para o social. O pai viabiliza a transição psíquica do sujeito dual (mãe/filho) para o sujeito que um dia vivenciará o mundo.
O Outro é um conceito simbólico, para a psicanálise, tudo que oferece suporte para a existência imaginária, são formas de mediar o sujeito e a o mundo que o cerca. Sabe-se que alguns indivíduos se destacam como portadores de discursos que influenciam e dão suporte, mesmo que temporariamente, para o laço social. Dentre eles, podemos citar, professores, líderes políticos e religiosos, que representam o Outro muito bem, para o sujeito. Só existimos além do amor narcísico de nossa mãe, quando nos projetamos no meio público. É no mundo que o sujeito mostra que existe verdadeiramente e faz diferença. Quando alguém inventa,cria ou produz,pode mostrar realmente que é único e deixar sua marca social.

Voltando as redes sociais, retornamos a pergunta inicial, por que será que elas têm um alcance cada vez maior entre as pessoas? Lanço outra pergunta pegando carona nas idéias de Lacan e Maria Rita Kehl. Será que as redes não estariam fazendo “ o nome do pai”, ou seja, a figura simbólica do pai, que citei acima, tornando os sujeitos aptos mesmo que, ilusoriamente/ virtualmente, para o mundo, o social? Nós comunicadores sabemos da força de um discurso, de uma imagem e atualmente, de um vídeo viral, são signos que conquistam em poucos minutos milhões de pessoas. Vivemos em uma sociedade que é profundamente desigual, no qual falta cultura, escola e saúde para muitos, dessa parcela, eu não vou falar hoje, vai ficar para outro momento. Quero me ater a outra fatia da população, as do incluídos digitalmente, mas alienados quanto a forma de pensar e atuar no mundo. Para esses a internet é “o pai simbólico”, é o que dita normas, moda, interesses e relações. A rede pode amenizar a solidão das grandes cidades, muitas vezes nos tornamos íntimos de alguém que mora em outra cidade, mas, mal falamos com nosso vizinho. Com o advento do Twitter, podemos seguir um ídolo, uma atriz, um presidente. Já pensaram se existisse Twitter na época de Elvis, dos Beatles? As vezes me pego imaginando, o que John Lennon com sua genialidade e sensibilidade escreveria e o quanto mobilizaria pessoas no mundo todo. E Marylin Monroe? Desabafando nos dias menos felizes. As redes são a reatualização dos velhos modelos: livros, cinema e a televisão, nos quais os seguidores continuam seguindo seus “objetos” de interesse. Objetos esses, que conseguiram existir publicamente, apesar das dificuldades, fizeram a diferença no mundo, deixaram as suas marcas e para muitos, eram e ainda são os seus referenciais. Aos que se utilizam das redes para fins profissionais, é bom nunca esquecer que, ser “pai simbólico”, antes de tudo requer muita responsabilidade, todo cuidado é pouco com o que se transmite, e agora então, nesse tempos de Twitter, sua mensagem em minutos, pode se transformar de uma simples frase em um "mantra" para muitos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Comunicação social no mercado de trabalho

Apresentação realizada na Semana da Comunicação,mesa redonda sobre Comunicação e Mercado de Trabalho para as 3 habibilitações- Profissionais de Relações Públicas

domingo, 2 de maio de 2010

Livro: Imagens e Sentidos na Comunicação Contemporânea



Livro: Imagens e Sentidos na Comunicação Contemporânea
Autores: Roberval José Marinho e Rodrigo Farhat (organizadores)
Parece interessante. Quem quise baixar, segue abaixo o link:
http://www.poscomunicacao.ucb.br/sites/100/105/00000062.pdf

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O brasileiro cada vez mais digital

Estamos passando por uma revolução que não faz barulho.
Por Cezar Calligaris

" A cada dia surgem novidades que mudam o comportamento de uso dos meios digitais. Pode ser um novo aparelho, um aplicativo, uma nova rede social. São pequenas revoluções.

Nenhuma dessas novidades, porém, é tão importante quanto o processo que estamos vivendo no Brasil. Estamos passando por uma revolução muito maior, mas que não faz barulho.

Que revolução é essa? O brasileiro está se tornando cada vez mais digital. Não só o da classe A, mas também da B, da C e até parte da D. Para o artigo não ficar enorme, não vou colocar aqui números precisos e fontes dos dados, mas são públicos e podem ser pesquisados com facilidade (abril/2010):

Cada vez mais brasileiros acessam a web (cerca de 70 milhões de pessoas)
Cada vez mais brasileiros têm celular (cerca de 180 milhões de linhas)
Os brasileiros usam cada vez mais os serviços online. Receita Federal e Ministério da Educação estão entre os sites mais acessados
Quem diria que os brasileiros seriam por vários meses os maiores usuários de internet do mundo em horas navegadas?
Ande de metrô ou trem. Você certamente vai ficar impressionado, como eu fiquei, com a quantidade de gente ouvindo mp3 em seus players ou celulares. De onde eles baixam as músicas? Como fazem a transferência?
O brasileiro adora tecnologia. Quem diria, por exemplo, que bluetooth seria um dia argumento de venda para um carro?
O e-commerce cresce na casa dos dois dígitos. Os players “populares” já abriram seus canais de e-commerce
Os gráficos de acesso dos mídia kits dos portais não trazem mais as classes A e B como as dominantes. Os gráficos de idade também não são tão dominados pelos mais jovens.
Mais pessoas estão tendo acesso a canais de informação que nunca utilizaram
Mais pessoas estão se tornando formadoras de opinião, influenciadoras ou geradoras de conteúdo
O que tudo isso significa? Além de uma grande revolução, uma boa e uma má notícia para você.

Começando com a má, mais uma vez você terá que aprender muito. Como falar com esse público, que equipamentos e canais ele usa. A que hora do dia e com que linguagem. Não é um simples canal em uma rede social que vai resolver isso: tem muito trabalho de pesquisa e planejamento a ser feito aqui.

A boa notícia é que a revolução digital é um processo que não tem mais volta. Se você investiu nesse meio, tem um futuro promissor pela frente, seja como empresário ou empregado.

Para finalizar, uma dose de realidade: mesmo com uma revolução digital em curso, menos da metade da população brasileira está ligada na internet. Mas o nível atual já nos dá boas esperanças de um futuro com consumidores e sobretudo pessoas mais informadas. [Webinsider]"

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mary a Max trailer HD




Essa animação é genial!!!
Fim de semana passado, vi esta animação australiana e ganhadora de vários prêmios.
A estória é sobre a amizade de um homem de 40 e poucos anos e uma menina de 8 anos.
Por mais improvável que pareça, essa amizade se consolidou e ajudou a ambos entederem melhor sua vidas.

Afeto, carinho, ingenuidade e muita soliedariedade é o que vai permeando essa relação dos dois. A genialidade dos produtores mostra, como se pode fazer uma animação, sobre um tema tão profundo, pois além da amizade exite uma doença que é abordada.

A amizade é tão real que, como todas, passa por momentos difíceis e rompimentos, pois,todos nós temos nossas limitações e idiossincrasias.

Não quero me estender, para não atrapalhar as surpresas, fica aqui minha dica, para uma excelente reflexão sobre a diferença, a amizade verdadeira e o respeito ao próximo. Afinal todos nós desejamos isso.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Marcas que fizeram #fail nas mídias sociais

Ricardo de Paula
Fonte:
http://www.midiassociais.net/2010/03/marcas-que-fizeram-fail-nas-midias-sociais/

"Grandes marcas estão cada vez mais aderindo às mídias sociais, e por vezes estão tropeçando na dinâmica do relacionamento com os consumidores nesses novos meios de comunicação. Existem vários casos de falta de bom senso e até erros primários que custaram muito caro gerando danos à imagem da marca e um sentimento negativo por parte dos usuários. Esse post vai ser atualizado sempre que um caso desses ocorrer, dizem que se aprende com os erros… vamos acompanhar.

22/03/2010
O mais recente caso é o da Nestlé, que deve ter deixado a cargo de um estagiário irresponsável (pelo menos no dia) o gerenciamento de sua página de fãs no Facebook.

A Nestlé vem sofrendo fortes ataques do Greepeace direcionados ao seu chocolate “Kit Kat”. A ONG acusa a empresa (fornecedores) de destruir florestas tropicais da Indonésia para extrair o óleo de dendê usado na fabricação do chocolate.





O Greenpeace fez uma sátira alterando o logo do chocolate, em alusão a destruição da floresta e publicou um video que faz referência a devastação do habitat dos Orangotangos que mostra um trabalhador abrindo um pacote do chocolate e comendo um dedo de orangotango sem perceber. A Nestlé foi atrás do Google para tentar tirar o vídeo do YouTube alegando violações de direitos autorais por causa da alteração do logo. Porém de nada adiaram os esforços da empresa, o video já havia se tornado viral.



Na página do Facebook, que tem mais de 90.000 fãs até o momento, quem está gerenciando a conta no site de relacionamento está tendo uma abordagem hostil com os consumidores e potenciais clientes.

Na página diz que a Nestlé agradece os comentários, mas “por favor, não poste usando uma versão alterada de qualquer um dos nossos logotipos como sua foto de perfil – eles serão excluídos.” Insinuando que os logos são propriedade intelectual da Nestlé e não podem ser alterados. A Nestlé também excluiu comentários negativos de muitas pessoas e respondeu de forma padronizada a outras, mostrando total desprezo ao pensamento de seus consumidores. A reação dos usuários foi imediata, criticando a censura e dizendo frases como “não nos diga o que fazer”.




A Nestlé está nos mostrando como amplificar uma crise através das mídias sociais, deixando transparecer um pensamento antigo e controlador. Típico das velhas mídias.

O assunto está sendo discutido em toda a esfera das mídias sociais e vem ganhando força. Além das redes sociais como o Facebook, o assunto vem gerando milhares de tweets e posts em blogs, e deverá arrebanhar um número de pessoas muito grande que serão difusoras e multiplicadoras desse movimento. A Nestlé não vai poder ignorar isso."

sexta-feira, 19 de março de 2010

Social Media Brasil 2009

Check out this SlideShare Presentation:

Blogosfera Comenta: “Consumidoras viram modelos em anúncios de lingerie”, matéria da BBC Brasil



Publicado por rpnamoda em 16/03/2010

Com a finalidade de promover o debate e descobrir a opinião dos blogueiros sobre os assuntos principais deste blog (Moda e Comunicação) resolvi indicar alguns temas para os amigos da blogosfera comentar.

A brincadeira funciona assim: Eu envio uma matéria/case/artigo que tem a ver com moda e um blogueiro comentará sempre puxando gancho para a nossa área de atuação (que pode ser RP, Marketing ou jornalismo).

Para estrear esta seção foram convidados os profissionais de comunicação Márcia Ceschini do Oras Blog e Christiano Vital do RP Criativo. Eles comentaram a matéria “Consumidoras viram modelos em anúncios de lingerie” pauta da BBC Brasil que foi divulgada na Folha Online e no Portal UOL. Os comentários deles foram super bacanas. A Márcia puxou gancho para o Branding e o Christiano enfatizou o relacionamento entre empresa e público-alvo. As visões destes dois profissionais que atuam em organizações diferentes se complementaram durante a análise do case.

Segue o texto da matéria na íntegra:

Uma grife de lingerie britânica lançou uma campanha publicitária feita inteiramente com consumidoras da marca posando de calcinha e sutiã.

A marca, Bravíssimo, conhecida por atender à fatia de mercado com seios maiores, já realiza a campanha pelo terceiro ano consecutivo.

“Enviamos um e-mail para nossas consumidoras, convidando-as a participar da campanha”, diz a empresa. “Seiscentas mulheres se candidataram. Entre elas, selecionamos 40 para um teste e, ao final, escolhemos cinco”.

A campanha promove “hábitos saudáveis” em relação ao corpo, mostrando que “mulheres normais” podem ter uma aparência “fantástica”.

“As mulheres que escolhemos são lindas, e tem uma beleza ‘alcançável’”, diz a Bravíssimo.

Entre as escolhidas, todas com idade entre 21 e 34 anos, há estudantes, uma produtora de internet e até uma analista sênior de negócios.

Comentário da RP e blogueira Márcia Ceschini

A proposta da Bravíssimo é interessante e vai de encontro às novas propostas de comunicação de marca, que hoje em dia querem uma proximidade maior com seus consumidores. Além disso, a marca inova, pois busca exemplares de consumidoras em vários segmentos de atuação e valoriza suas formas de mulher real.

Essa “humanização” da comunicação se dá em um momento em que o fenômeno das mídias sociais deu voz ao consumidor. Hoje em dia ele não só exige ser bem atendido, como diz aos quatro ventos on e off line, suas impressões sobre marca/produto que ama ou odeia.

Empresas que investem em profissionais de Relações Públicas para atuar na equipe de branding (gerenciamento de marca), só tendem a ganhar na criação e manutenção de um diálogo mais próximo e positivo com seu consumidor.

Bravo, Bravíssimo.!


Comentário do RP e blogueiro Christiano Vital

Esse case é uma ação excepcional de comunicação! A Bravíssimo, envolve o consumidor (público-alvo) com sua marca de maneira criativa e ousada. Acredito que não é apenas uma campanha publicitária, mais também, uma ação de relacionamento com as consumidoras, tanto para aquelas que participaram da ação, quanto e principalmente, para as consumidoras “expectadoras”, pois em sua comunicação a empresa trás as mulheres para perto de seu produto, dizendo que é possível a mulher sair do seu anonimato e evidenciar sua beleza.

O conceito de “hábitos saudáveis” em relação ao corpo que a campanha trás consigo, demonstra atenção e preocupação da empresa com as mulheres.

Vejam só o que as consumidoras comentaram sobre o vídeo da campanha no site da Bravíssimo:

“Isto é algo realmente fantástico!”


“O novo anúncio parece fantástico, muito elegante. As meninas olham simplesmente deslumbrante e as lingeries são lindas, bem feito Bravissimo!”


“MARAVILHOSO! I love it. E eu amo finalmente ter um lugar para comprar um sutiã!”

Tocar na necessidade do consumidor é simplesmente conquistá-lo. A Bravíssimo simplesmente fez isso! Esse é o principal motivo por essa campanha ter sucesso e estar em sua terceira edição!

Olha que McLuhan falava em 1955, parece tão atual...

Cinco dedos soberanos dificultam a respiração (1955)
Marshall McLuhan

"A cidade já não existe mais, salvo como espectro cultural para turistas. Qualquer botequim à beira da estrada, com seu aparelho de televisão, jornal e revista, é tão cosmopolita quanto Nova York ou Paris.
O camponês sempre foi um parasita suburbano. O agricultor já não existe; hoje, é um homem da “cidade”.
A metrópole, hoje em dia, é uma sala de aula; os anúncios são seus mestres. A sala de aula é uma obsoleta casa de reclusão, uma masmorra feudal.
A metrópole é obsoleta. Perguntem ao Exército.
A cobertura global instantânea do rádio e da televisão torna a forma citadina insignificante e despida de função. Outrora, as cidades estavam relacionadas com as realidades da produção e da intercomunicação. Agora não.
Até a escrita ser inventada, vivíamos no espaço acústico, onde os esquimós atualmente vivem: sem limites, sem direção, sem horizonte, a escuridão, a intuição primordial, o terror. A fala é um mapa social desse pântano sombrio.
A fala estrutura o abismo do espaço acústico e mental, ocultando a raça; é uma arquitetura cósmica e invisível das trevas humanas. Fala para que eu te veja.
A escrita lançava o projetor sobre a escura e alta montanha da fala; a escrita era a visualização do espaço acústico. Iluminava a escuridão.
Esses cinco reis levaram um rei à morte.
Uma pena de pato pôs fim à fala, aboliu o mistério, criou arquiteturas e cidades, gerou estradas e exércitos, burocracias. Foi a metáfora básica com que se iniciou o ciclo da civilização, o passo com que se saiu das trevas para entrar na luz da mente. A mão que encheu um papel construiu uma cidade.
A escrita a mão está nas paredes de celulóide de Hollywood; a Idade da Escrita passou. Temos de inventar uma nova metáfora, reestruturar os nossos pensamentos e sentimentos. As novas comunicações não são pontes entre o homem e a natureza: são a natureza.
A mecanização da escrita mecanizou a metáfora audiovisual em que toda a civilização assenta; criou a sala de aula e a educação das massas, a imprensa moderna e o telégrafo. Foi a linha de montagem original.
Gutenberg tornou toda a História simultânea: o livro transportável trouxe o mundo dos mortos para o espaço da biblioteca da um cavalheiro; o telégrafo trouxe o mundo inteiro dos vivos para a mesa do pequeno almoço do operário.
A fotografia foi a mecanização da pintura em perspectiva e do olho parado; derrubou as barreira do espaço nacionalista, vernáculo, criado pela impressão. A impressão alterou o equilíbrio da fala oral e escrita; a fotografia alterou o equilíbrio do ouvido e do olho.
Telefone, gramofone e rádio são as mecanizações do espaço acústico pós-letrado. O rádio leva-nos da volta às trevas da mente, às invasões de Marte e Orson Welles; mecaniza o poço de solidão que é o espaço acústico: o palpitar do coração humano aplicado a um sistema PA fornece um poço de solidão em que qualquer um pode afogar-se.
O cinema e a televisão completam o ciclo de mecanização do sensório humano. Com o ouvido onipresente e o olho móvel, abolimos a escrita, a metáfora audiovisual especializada que estabeleceu a mecânica da civilização ocidental.
Ao ultrapassarmos a escrita, recuperamos a nossa totalidade, não num plano nacional ou cultural, mas cósmico. Evocamos um homem supercivilizado, subprimitivo.
Ninguém conhece ainda a linguagem inerente à nova cultura tecnológica; somos todos cegos e surdos-mudos, em termos da nova situação. As nossas palavras e nossos pensamentos mais impressionantes atraiçoam-nos ao referirem-se ao nosso previamente existente, não ao atual.
Estamos de volta ao espaço acústico. Começamos de novo a estruturar os sentimentos e as emoções primordiais, de que 3000 anos de letras nos divorciaram.
As mãos não tem lágrimas para derramar."

quinta-feira, 18 de março de 2010

The best marketing!!!! Heineken...

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7 Dicas para um Twitter Corporativo.

7 Dicas para um Twitter Corporativo.
Por Massimino Delazeri, formado em Relações Públicas pela UFRGS

Nestes últimos dias, vários sites publicaram que o Twitter, com menos de 4 anos de idade, chegou a incrível marca de 10 bilhões de mensagens, e que deve chegar as 20 bilhões ainda este ano. Mais surpreendente que isso foi o estudo publicado pelo site especializado em mídia, Brand Republic, relatando que 20% destas mensagens contem referência a produtos, serviços e marcas, dado que afirma a importância da presença corporativa na plataforma.

Outra pesquisa interessante foi publicada em janeiro, pela empresa de análise em mídia social Sysomos, segundo ela os Estados Unidos representam 50% dos usuários do Twitter, e o Brasil em segundo lugar representa 8,8% dos usuários do serviço.





Na segunda coluna desta tabela estão listados os países com maior participação na plataforma, podemos notar que mesmo tendo mais usuários brasileiros o Reino Unido tem maior participação em números de tweets. Comparando com a mesma pesquisa publicada no meio do ano passado notamos um aumento de 2% da participação brasileira na plataforma e uma redução de quase 8% da hegemonia norte americana.

Depois de ver todos esses números e de ler os textos sobre Twitter corporativo publicado pela Internet Advertising Bureau do Reino Unido resolvi criar uma lista com 7 dicas:

1 - Não desperdice o espaço do seu background - O twitter permite que você use os espaços ao lado da sua timeline (o fundo da sua página no Twitter). Nela você pode acrescentar outras redes sociais que a empresa participa, um email de contato, telefone, esse espaço deve ser organizado com a identidade visual da empresa, facilitando a identificação. Embora muitas pessoas utilizem outras ferramentas para mandar e receber os tweets em algum momento elas vão acabar entrando na sua pagina no Twitter.

2 - Avatar - A marca e o nome da sua empresa são importantes, mas o twitter (e as mídias sociais) são sobre pessoas. As pessoas quando vão falar com uma marca gostam e precisam saber com quem estão falando, a dica é descreva na Bio quem é o responsável por aquela conta corporativa, assinar mensagens principalmente no primeiro contato com outros usuários. E nem pensar em deixar o avatar padrão O_o antes mesmo de começar a tweetar você deve definir a imagem que representará a sua marca.

3 - Faça conversação - Além de servir para espalhar informações e novidades o Twitter serve também para manter um diálogo entre os públicos e a sua marca. Escute o que seus seguidores têm a dizer e converse com eles. Responda as perguntas, a dúvida de um frequentemente será a dúvida de outros. Demonstre interesse no que seus seguidores falam e o mais importante, não demore mais de um dia para responder. Quando os usuários notarem que podem tirar suas dúvidas e entrar em contato direto com a empresa sem toda a formalidade de SAC... E-mail... estreitará a relação deles com a sua marca e ajuda a afirmar como canal de comunicação.

4- Ofereça conteúdo exclusivo - O que leva uma pessoa a seguir o perfil de um Twitter corporativo e a busca de informações, saber de novidades da empresa em primeira mão, a oferta de conteúdo exclusivo é uma boa fonte para se conseguir seguidores.

5 - Siga quem te segue - Se alguém está te seguindo é porque está interessado na sua marca, o mínimo que você pode fazer é seguí-lo de volta, pois além de servir como uma ferramenta de atendimento ao cliente, habilitando o envio de Direct Message, você estará se aproximando de seu cliente.

6 - Mensurar - Pense em uma forma de medir o seu sucesso, assim você pode saber se está andando pelo caminho certo ou se deve replanejar a sua estratégia dentro da plataforma. O número de seguidores já não é uma boa forma de medir o sucesso no Twitter. Os re-tweets podem ser uma boa forma. Sinal que as pessoas gostaram (ou não) do que leram.

7 - Monitoramento - Sem dúvida a dica mais importante, mesmo que a sua empresas não possua uma vida ativa dentro do Twitter. Você tem a obrigação de fazer o monitoramento. Existem varias ferramentas que facilitam esse serviço, a dica é monitore tudo o que for publicado sobra a sua marca, sobre seus concorrentes, positivo ou negativo, você encontrará informações preciosas

domingo, 14 de março de 2010

Como divulgar em mídias sociais

Como divulgar em mídias sociais
Por Blog Acesso



Um estudo encomendado ao Instituto GlobeScan pelo programa SuperPotência, da BBC, acaba de ouvir 27 mil pessoas, de 26 países, entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010, em busca de um perfil da relação do homem do século 21 com a internet. Divulgada no início dessa semana, a pesquisa veio consolidar o que já era intuído, mas ainda pouco afirmado: a web passou do status de novidade para o de veículo indispensável à vida contemporânea. 87% dos entrevistados chegaram a alçar a rede ao patamar de direito do cidadão, sendo que no Brasil esse porcentual chegou a 91%. Segundo o diretor do instituto de pesquisa, Doug Miller, “as pessoas ao redor do mundo enxergam o acesso à internet como um direito fundamental. E acreditam que a web seja uma força positiva que não deve sofrer regulação governamental”.

Em um nível mais detalhado, a pesquisa também procurou saber as funções que as pessoas atribuíam à rede. E é justamente a este ponto que devemos ficar atentos, porque para os brasileiros, a internet é sinônimo de comunicação, sendo as redes sociais apontadas como diferenciais por 60% dos internautas, contra os 51% da média mundial. Diante desta informação, seria um desperdício não considerar o meio como grande porta para a promoção de eventos e ações. No âmbito cultural, é urgente que produtores, gestores e artistas passem a considerar a rede como ferramenta para potencializar a divulgação de seus trabalhos.

Segundo especialistas na área, o primeiro passo a dar no quesito divulgação na web seria procurar entender os mecanimos próprios do ambiente. De posse desse conhecimento, o profissional deverá traçar um planejamento que permita atuar pontualmente e com seriedade. Nessa fase, será preciso mapear o público alvo, levantando, inclusive, as redes sociais frequentadas pela faixa. Assim, será possível saber como agir em cada uma das redes para obter o melhor resultado.

Para o consultor de marketing em mídias sociais, Alexis Kauffmann, que se diz um “heavy user” de internet desde 1995, é fundamental atentar para as diferenças entre as ferramentas existentes, a fim de não incorrer no erro de agir de forma deslocada, fora do tempo de cada mídia e ainda afastar a quem se quer aproximar. “O Twitter e o Facebook, que são as febres do momento, podem ser muito úteis, mas tem perfis diferentes. O Twitter permite uma observação mais curta e objetiva, enquanto no Facebook existem recursos que podem ampliar a qualidade da divulgação, como a criação de galerias e murais. Uma estratégia para Twitter, necessariamente, tem que ser diferente de uma estratégia para Facebook”, explica.

Em termos financeiros, a internet também se apresenta como uma ótima opção para divulgação de eventos e ações, uma vez que gera um efeito cascata. “As mídias sociais permitem acesso direto ao formador de opinião, aquele que vai multiplicar a informação. Se você localiza e conquista as pessoas certas, terá sua mensagem replicada espontaneamente para milhares de pessoas, em poucas horas. Então, o custo e o esforço de marketing são reduzidos drasticamente”, diz Kauffmann.

Mas nem tudo são flores. É preciso se certificar da veracidade das informações veiculadas para evitar o famoso “telhado de vidro” e, consequentemente, as pedras que podem cair nele. Nesse sentido, agir de forma coerente e transparente é essencial na rede. Porque, se os pontos positivos de um projeto podem ser comunicados a milhares em tempo instantâneo, os negativos se disseminarão sem que se possa fazer nada para conter seu avanço.

Em suma, é importante ter um comportamento profissional. Não é porque o ambiente aparenta um perfil mais informal que existe a licença para uma falsa intimidade. Talvez um ponto-chave para a comunicação na internet esteja, justamente, na construção das relações. Como na vida real, este processo se dá aos poucos e necessita de cuidado. Para potencializar a disseminação de uma mensagem é preciso criar uma rede de interlocutores que confie no que se tem a dizer e em quem fala. A reputação na internet é um bem caro, que pode fazer a diferença entre o fracasso e o sucesso de um empreendimento. Então, vale o dito do designer americano Aaron Burns: “Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão”.

DICAS – para uma boa divulgação na internet:

1. Construção. Participe ativamente das redes e mídias sociais. Afinal, a conquista de um bom relacionamento leva tempo.

2. Conteúdo. Publique links e notícias relacionados com o tema de seu evento nas rede sociais.

3. Parceria. Ajude a divulgar eventos de amigos, seguidores e fãs. Assim, você estará cultivando uma rede de parceiros.

4. Ferramenta. Insira seu evento nos aplicativos de eventos do Facebook e do Orkut e convide seus amigos

5. Twitter. Publique posts anunciando o evento. E faça a cobertura via Twitter .

6. Concursos. Elabore concursos no Facebook e/ou Twitter. Promova sorteios e premiações relacionados ao evento.

7. Interação. Cadastre-se na plataforma Overmundo e inclua seu evento para ser votado pelo público.

8. Mailing. Construa um mailing coerente com a sua proposta e dispare um e-mail marketing sobre o evento. Esteja atento às boas práticas de envio.

9. Comunidades. Crie tópicos sobre seu evento em comunidades ativas e relacionadas ao tema no Orkut.

10. Bom senso. O importante é ter “bom senso” com relação à quantidade de publicações e ao envio de mensagens. Evite sobrecarregar os receptores.

11. Postura. Não fique ansioso para vender sua ideia. Ninguém ama um vendedor até que decida comprar dele!

12. Um passo de cada vez. Interaja, converse, conheça as pessoas, reúna informações, ordenadamente.

13. Ajuda. Não importune as pessoas na rede, sendo insistente demais. Dê a cada um o tempo necessário para digerir suas propostas e entender como poderá te ajudar.

14. Contribua. Ofereça primeiro: informação, entretenimento, solução de questões. Depois, divulgue. Você verá que a diferença nos resultados é impressionante.

15. Diplomacia. Não entre em grandes polêmicas com outros internautas. Você não pode vencer uma discussão e perder um cliente, um amigo, um aliado.

16. Monitoramento. Acompanhe todos os resultados de suas ações, inclusive os inesperados. Aliás, os resultados inesperados costumam render ótimas oportunidades para projetos de marketing em mídia social.