domingo, 30 de agosto de 2009

Você sabia que a UnB tem uma tv online? Vale a pena conferir a programação.

Bloco de texto

Programação UnBTV - 27/08/2009
BLOCO DE ZAPPINGS – 18:00hs
INÉDITOSBLOCO DE PROGRAMAS – 18:20hsDiálogos: Homofobia, vamos conversar?
BLOCO DE ZAPPINGS – 19:00hs
Lançamento livro: Dramaturgia musical de ÉsquiloCentenário Burle MarxBrasil campeão em agrotóxicosRedução na carga de trabalhoProgresso das mulheresPlanos Bresser e verãoBLOCO DE PROGRAMAS – 19:20hsTirando de Letra: Graça VelosoBLOCO DE ZAPPINGS – 20:00hs
Exposição: A linha e o sujeitoVida fora da terraHorta comunitáriaInauguração do novo IBRevista campus repórterConferência Nacional de ComunicaçãoFloraisBLOCO DE PROGRAMAS – 20:20hsExclusiva: Morin
BLOCO DE ZAPPINGS – 21:00hs
TrocaráTécnica Kyon pôEclipsesDiversidade ConunePIJ – Programa Infanto JuvenilBLOCO DE PROGRAMAS – 21:20hsVídeos Externos: Câmara Ligada - Trabalho

sábado, 29 de agosto de 2009

Como construir um projeto de auditoria de imagem na mídia

Wilson da Costa Bueno

Ninguém pode negar que os meios de comunicação têm um impacto considerável na formação da imagem e da reputação das organizações e mesmo das pessoas, sobretudo as figuras ditas públicas (ou celebridades).
Volta e meia nos deparamos com embates importantes (que acabam inclusive chegando aos tribunais) entre veículos e organizações que, por diversos motivos, se viram envolvidas em reportagens sobre suas crises ou escândalos. O mesmo vale para parlamentares, membros do executivo, empresários ou profissionais. A querela entre a família Sarney e o Estadão ou dos inúmeros veículos (especialmente a Globo) com a Igreja Universal são bons exemplos recentes desta luta encarniçada, sangrenta, até mortal e que já vitimou inclusive jornalistas em todo o mundo (o colega Lúcio Flávio no Pará conhece bem a truculência de alguns empresários, inclusive dos que detêm o controle da mídia regional).
Como há uma relação entre imagem/reputação das organizações e a divulgação pela mídia, não sobra para elas, particularmente para as empresas privadas, outra alternativa a não ser a construção de uma relação saudável com a imprensa , não dando sobretudo motivos para freqüentá-la de maneira desfavorável (como fez o Carrefour que, em pleno ano do Brasil - França, andou espancando um colega negro movido por uma discriminação abominável , recebendo por isso paulada merecida da imprensa e da opinião pública).
As agências, assessorias de Comunicação e mesmo as equipes internas de Comunicação Empresarial nas organizações têm, ao longo do tempo, se convencido de que é fundamental monitorar a divulgação pela imprensa, com o objetivo de identificar os pontos fortes ou vulneráveis de sua presença (e também a de seus concorrentes) e da sua imagem na mídia.
Até aí tudo normal, mas a necessidade não faz a competência e ainda assistimos, na maioria dos casos, a um indisfarçável amadorismo na elaboração e aplicação de projetos de auditoria de imagem das organizações na mídia.
Em primeiro lugar, não se consideram apropriadamente os conceitos (especialmente os de imagem ou reputação) , o que implica em equívocos formidáveis, como confundir a imagem da organização nos veículos com a própria imagem da organização junto aos seus públicos de interesse. Calma aí, vamos devagar com o andor, minh gente, porque nem sempre (em alguns casos quase nunca) o que um público específico pensa sobre uma organização também específica coincide com o que dela se divulga em um veículo ou no conjunto dos veículos como um todo.
A imagem de uma organização na mídia é apenas um componente da imagem das organizações, contribui para formá-la mas a perspectiva de cada público é absolutamente privada, particular. Se alguma organização quiser saber como ela é percebida por um público específico, tem que sondar este público, não pode imaginar o que ele pensa lendo a mídia. Se fosse assim, seria fácil ( o que talvez fosse o desejo de algumas agências ou profissionais desta área), mas o buraco é mais em cima. Se fosse assim, algumas organizações poderiam sair por aí soltando fogos, porque a grande imprensa muitas vezes as favorece (louquinha por anúncios), mas não é isso que acontece.
Em segundo lugar, os projetos de auditoria de imagem costumam ser confundidos com medida/análise extensiva, exaustiva de clipping, sem que alguns critérios sejam observados neste processo. Há colegas que, na prática, querem apenas juntar recortes de jornais ou revistas ou mesmo programas de rádio e TV ou citações na web (sejam eles relevantes ou não) , privilegiando a quantidade em detrimento da qualidade. No fundo, há uma confusão conceitual e um oportunismo equivocado no mercado porque muitas assessorias de imprensa desejam apenas convencer os seus clientes/patrões que houve uma grande divulgação e que sua remuneração ou salário estão por isso justificados. Não levam a conta a segmentação, o perfil da audiência e dos veículos, a relação entre os objetivos de divulgação da organização ( e sua missão, seus valores, temas e posições estratégicos etc) porque estão interessados apenas em "acumular papel". Os empresários ou chefias que aceitam este embuste informacional merecem ser enganados porque não têm qualquer perspectiva crítica e não sabem avaliar a relação entre divulgação e negócio. Engolem qualquer coisa, são tão amadores como as assessorias e as empresas de auditoria de imagem que andam contratando.
Finalmente, os projetos de auditoria de imagem têm um vício quase insanável em relação à metodologia. Os problemas neste caso vão desde o processo de captação das mensagens a serem analisadas (o processo de clipagem por aqui é falho, para não dizer precário na maioria dos casos, apesar de um número significativo de clipadoras) até equívocos formidáveis, injustificados, de comparar espaço editorial com tabela de publicidade, como se informação e propaganda tivessem o mesmo DNA. Há empresas de grande porte que ainda aceitam isso e agências/assessorias importantes que costumam justificá-las, certamente porque não têm conhecimento algum do universo da comunicação e do sistema de produção jornalístico. Ou são mal intencionadas e querem confundir os clientes ou patrões. Você , colega internauta, é quem pode dar o veredicto final.
Muitos projetos de auditoria de imagem na mídia se baseiam em softwares padronizados (tipo "compre esse software e faça você mesmo o trabalho de auditoria de imagem"), como se fosse possível usar os mesmos parâmetros ou categorias para avaliar ações e estratégias de relacionamento com a mídia de organizações distintas. Imaginam aqueles que os conceberam que é possível utilizar a mesma estrutura de análise para avaliar a imagem da TAM, da Telefonica, da Petrobras ou da Embrapa, como se organizações diferentes não tivessem propostas de relacionamento com a mídia bastante particulares, dependentes de sua área de atuação, de sua cultura organizacional e mesmo de seus objetivos em relação à inserção na mídia.
Todo projeto de auditoria de imagem na mídia é singular, ou seja tem que estar sintonizado com a organização , de tal modo que não é a consultoria ou a agência sozinha que o concebe porque ele deve ser feito em parceria com o cliente e só funciona desta forma.
Além disso, é triste perceber que as organizações, sobretudo as empresas que atuam em um mercado competitivo, continuem fazendo auditorias de imagem individuais (que apenas as contemplem), sem levar em conta que, para serem instrumentos efetivos de inteligência em comunicação, precisam levar em conta os concorrentes. Mas você sabe por que elas fazem isso? Porque há gerentes, executivos de comunicação que temem descobrir que os seus concorrentes têm mais poder de fogo na mídia do que os da sua empresa e, com isso, se sentem ameaçados, podem perder o emprego. Em vez do diálogo interno com as direções para alterar a situação de desvantagem preferem fazer como o avestruz: enfiam a cabeça na areia. São estrategicamente covardes ou incompetentes.
A auditoria de imagem na mídia não pode ser vista como um mero registro de presença na mídia, mas como um instrumento sistemático, vigoroso de análise, que precisa ser repetido periodicamente (a periodicidade mensal é ideal para organizações com razoável esforço de divulgação) para que , observadas as lacunas ou os equívocos, elas possam intervir a tempo. Em momentos de crise, este monitoramento tem que ser diário ou permanente, fruto da aceleração do processo de divulgação pela web (os blogueiros e twitteiros não param um minuto para desespero das organizações). Se não for assim, a auditoria de imagem não cumpre sua função que é estratégica, não é tática ou operacional.
E aí fica mais um desafio a ser contemplado: auditar a imagem das organizações nas redes sociais, o que tem sido feito, infelizmente, mais por motivos de contrainformação e até de constrangimento à liberdade de expressão do que por autêntico exercício de inteligência em comunicação.
Felizmente, os amadores serão superados gradativamente, sobretudo à medida que empresários, chefias ou clientes começarem a perceber que montão de recortes ou releases não significa competência em relacionamento com a mídia e exigirem maior profissionalismo. Um dia, as chefias e clientes vão perceber que espaço editorial e comercial não são a mesma coisa, ainda que veículos não éticos insistam em tratá-los da mesma forma para aumentar os seus lucros, ao mesmo tempo que confessam a sua incompetência em produzir informação qualificada.
O amadorismo em Comunicação Empresarial está com os dias contados. Mais cedo ou mais tarde o mercado se dará conta dessa realidade. Enquanto isso, todos nós continuaremos recebendo releases sem foco, assistindo, estupefatos, à confusão entre informação e propaganda e vendo chefias ignorarem a auditoria de imagem como instrumento de inteligência em comunicação com receio de perderem os seus empregos.
A Comunicação Empresarial continua estratégica apenas no discurso. Na prática, temos ainda um imenso caminho a percorrer. Será melhor acelerarmos o passo. O mundo está girando cada vez mais rápido.
Em tempo 1: o Speedy voltou a ser vendido depois de meses fora do ar. A imagem da Telefonica ficou em frangalhos e desmoronará se outro apagão acontecer. Talvez a melhor recomendação seria consertar os que ainda não funcionam antes de vender novos;
Em tempo 2: a Justiça do Rio de Janeiro proibiu a comercialização de amianto no Estado. A imagem do produto continua em baixa porque o próprio Ministério da Saúde já o condenou também e o Ministério do Meio Ambiente não quer vê-lo nem em filme;
Em tempo 3: a imagem do Congresso, especialmente o Senado, está pior do que a do jogador faltoso, não ético, que andou levando cartão vermelho nos primeiros segundos da partida;
Em tempo 4: o Cremesp e a Polícia precisam esclarecer porque não tomaram providências lá trás quando clientes denunciaram o médico (capa da Veja!) que se comportou (segundo a mídia) de maneira absolutamente irresponsável. Corporativismo ou proteção de gente importante?;
Em tempo 5: As organizações são coresponsáveis pelos atos de seus funcionários ou terceirizados. Logo, não adiantam fugir da responsabilidade. Tanto é verdade que pagam (sobretudo na imagem ou reputação) pelas besteiras que eles fizerem, como está percebendo o Carrefour (também multado por discriminação contra homossexuais etc).
Em tempo 6: Há boas fontes na web sobre Auditoria de Imagem, inclusive um portal específico Auditoria de Imagem on line (www.auditoradeimagem.combr). A UMESP tem uma disciplina específica sobre o tema em seu Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social e sinto-me honrado por ministrá-la, aprendendo sempre com os colegas que a frequentam.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Novas vs. “velhas” tecnologias em comunicação empresarial

Jurema Luzia Cannataro

Que meios de informação os gestores de RH estão preferindo utilizar no processo de comunicação com o público interno da empresa?

Antes de tomar uma decisão em favor das mídias tradicionais (jornais, revistas e manuais impressos) ou digitais (jornais via intranet, displays eletrônicos e blogs corporativos) é preciso que esses profissionais analisem com cuidado uma série de aspectos.

Velocidade

A rapidez com que a informação chega ao público-alvo é atualmente um fator extremamente relevante.

Com o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação, as pessoas estão acostumadas a ter acesso em tempo real às notícias e aos dados de que necessitam.

E o que acontece com grande parte dos jornais e revistas de empresas? Os empregados recebem em abril a publicação com matéria sobre... “a festa de confraternização realizada em dezembro”. Quem não conhece bem o universo da comunicação na área empresarial pode até duvidar, mas de fato é isso que ocorre. E por quê?

A publicação já está pronta e poderia ir para a gráfica. Entretanto, alguém da empresa quer incluir mais um texto... Mas só poderá enviá-lo na semana que vem... E não aceita que ele fique para a próxima edição...

Existe também um “aspecto psicológico” curioso: as pessoas ainda atribuem um peso maior à informação registrada em papel. Por isso, tendem a “segurar” mais a aprovação de um material impresso do que de um texto que será veiculado na intranet, que já tem as características de rapidez e de conter informações mais “voláteis”.

Há um outro fator a favor das publicações divulgadas por meios eletrônicos: trocar um texto ou incluir novas fotos nesse tipo de material é relativamente mais fácil e rápido do que num jornal impresso.

Sendo assim, no que se refere à velocidade, as novas mídias de comunicação utilizadas na área empresarial (jornal via intranet, display eletrônico ou blog corporativo) ganham ponto.

Atratividade

Quanto à atratividade, o primeiro ponto a considerar é que, seja qual for o tipo de veículo interno que a organização escolha utilizar, ele precisa ser tratado com profissionalismo e conhecimento técnico, para que possa ser atrativo e cativante para o público-alvo.

As pessoas estão habituadas a ter contato contínuo com os grandes meios de comunicação em geral. Por isso, tornaram-se mais exigentes quanto à qualidade do conteúdo e do visual.

Outro fator importante a salientar é que o público-alvo não é homogêneo dentro das empresas. Existem pessoas que fixam mais as informações através da leitura e que preferem textos mais aprofundados. Para essas, as publicações impressas serão mais eficazes. Já outras optam pelo dinamismo, sendo mais estimuladas pelo uso de recursos multimídia (textos, imagens em movimento e som). Em casos assim, as mídias eletrônicas e digitais produzirão maior efeito.

Portanto, de um modo geral pode-se dizer que, com relação à atratividade, os meios de comunicação tradicionais e modernos são complementares no ambiente empresarial.

Custo

Em função do preço a ser pago pelos serviços gráficos, o custo de um jornal impresso, por exemplo, certamente é maior do que o de um jornal multimídia, divulgado via intranet ou display eletrônico.

Entretanto, se uma parte dos empregados não tiver acesso direto à intranet, a empresa precisará fazer um investimento inicial para a instalação de totens com computadores, permitindo assim que o jornal digital seja visto por todos.

É necessário fazer um estudo criterioso de como e onde implantar os totens ou displays, para que tragam os resultados desejados em termos de melhoria da comunicação interna.

Portabilidade

E quanto à facilidade de acesso e transporte ou “portabilidade”?

Apesar desse termo ser geralmente aplicado para veículos de comunicação eletrônicos e digitais, no caso do ambiente empresarial são os materiais impressos que, contraditoriamente, ganham mais pontos nessa área, pois podem ser facilmente levados para todo lugar e lidos a qualquer momento, com a vantagem adicional de muitas vezes serem vistos também pelos familiares dos empregados. Dessa forma, convertem-se num instrumento a mais de motivação e integração, criando uma ponte entre o ambiente organizacional e familiar.

O mesmo não acontece com a intranet e o display eletrônico, que não podem ser visualizados fora da empresa e só estão acessíveis para o pessoal interno.

Complementaridade

O que se pode concluir é que, em termos de comunicação empresarial, estamos vivenciando uma fase de transição e complementaridade.

Portanto, o ideal é mesclar o uso das diversas mídias de acordo com os objetivos a serem atingidos, as características diferenciadas do público interno e os recursos disponíveis para investir nessa área.

Nesse sentido, é fundamental que se tenha um plano de comunicação corporativa muito bem estruturado e aplicado com alto grau de profissionalismo.

Quase todas as crises podem ser previstas

“Na minha opinião e experiência, 95% das crises são previsíveis. Isso é certo, quando eu me aprofundei nas crises que ocorreram com meus clientes nos últimos 25 anos, crises sobre as quais eu tenho suficiente informação para concluir realmente que as "bandeiras vermelhas" da pré-crise estavam quase sempre presentes – e eram ignoradas”. Quem assegura é Jonathan Bernstein, especialista em gestão de crise, e editor da Newslettter Crisis Manager.
Pesquisa anual feita pelo Institute for Crisis Management, dos EUA, constata também, após consolidação dos dados dos últimos dez anos, que 64% das crises podem ser detectadas antes que aconteçam. Elas dão sinais, aparecem na mídia ou estão latentes dentro da organização, prestes a acontecer. Com base nas significativas semelhanças entre as crises em que pôde vislumbrar essas “bandeiras vermelhas”, Bernstein catalogou algumas dicas de prevenção, que podem ser aplicadas a qualquer organização. Há um consenso entre os especialistas que hoje a gestão de crise deve estar focada na prevenção.
O autor do artigo afirma que tem visto semelhanças significativas nestas “bandeiras vermelhas”. Por isso catalogou uma breve lista do que um executivo pode estar apto a aplicar como dicas de prevenção de crises.
• Pontos de estrangulamento de informações - Muitas informações ou decisões críticas concentram-se numa única pessoa ou num pequeno grupo de pessoas. Quando a situação toma um caminho mais complicado, a informação emperra neste ponto de estrangulamento do mesmo modo que o fluxo de muito material, rapidamente, pode entupir um cano – levado a retaguarda começar a crescer exponencialmente, a ponto de estourar. Algumas destas informações, diz o especialista, podem ser críticas para prevenir a crise – e ali está, usualmente, o ponto de estrangulamento.• Pessoas insubstituíveis – É bom ter pessoas tão boas que você considera como insubstituíveis, certo? Bem, não necessariamente. Se uma certa pessoa – e pode ser um assistente administrativo muito competente, tanto quanto poderia ser o CEO - é a única pessoa que conhece como fazer ou estar autorizado a executar uma certa tarefa, o que você faz quando eles não estão disponíveis? Quando eles estão fora da cidade e inalcançáveis? Ninguém deveria ser insubstituível. Qualquer de suas funções, que poderia ser crítica para prevenir ou responder à crise, precisa ser aprendida por outras pessoas.• Arrogância humana – Bernstein diz que conduziu uma pesquisa recente no LinkedIn, buscando a causa primária das crises. A resposta mais citada foi “arrogância humana”. Seguida muito de perto pela “negação ou complexo do avestruz”. Segundo Bernstein, as duas respostas estão muito próximas da sempre repetida síndrome do “isto não pode acontecer aqui”. O que não é diferente de alguém que vai ao inferno e diz para si mesmo, várias vezes, “Não está quente e eu não estou aqui”.• Falta de políticas críticas de prevenção da crise - Para o autor, certas políticas são mais críticas para prevenir crises do que outras, tais como:-Sigilo e preservação da informação (cuidados com vazamentos)-Quem fala pela organização – porta-voz-Controle de email, tanto no site quanto fora-Segurança geral.• Falta de treinamento para seguir adiante com políticas - Qualquer política sem treinamento inicial ou reciclagem, é sem sentido. No emaranhado das políticas para empregados que muitas organizações levam adiante, aquelas que eles lembram mais sãoa) as mais importantes para eles pessoalmente, tais como políticas de remuneração eb) aquelas que são lembradas e recapituladas muitas e muitas vezes.• Administradores oniscientes – Algumas organizações têm gestores-chave que, na prática, agem como se fossem oniscientes. São muito capazes em certos campos, e se cercam de um staff ou consultores que são igualmente capazes nos suas respectivas áreas – mas então eles não escutam estes últimos. Somente seu próprio “Deus interior”. Com resultados previsíveis.
Bernstein conclui dizendo que para organizações que querem prevenir crises, há um processo criado por sua consultoria denominado Auditoria de vulnerabilidade. Este processo descobre estas “bandeiras vermelhas” ocultas. Depois, cada organização pode decidir como reduzir ou eliminar vulnerabilidades específicas.
Tristemente, diz ele, alguns gestores oniscientes, depois de pagar por esse trabalho, decidem que não necessitam fazer nada com os resultados. Eles esquecem que nada se compara à inação e que eles estão, de fato, decidindo ter futuras crises, que poderiam ser prevenidas com a implantação das ações recomendadas.

O artigo de Jonathan Bernstein foi publicado na Newsletter Crises Manager, de 02/07/09.

Como ter uma conta do Twitter

Apesar de ser em inglês esse vídeo é bem explicativo, basta seguir os passos.

http://help.twitter.com/portal

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Novo livro: Relações Públicas:teoria, contexto e relacionamentos"









O livro inova ao indicar como as relações públicas devem ser compreendidas nos dias de hoje, e ao mostrar sua importância estratégica para a sobrevivência das organizações. Trata ainda das principais teorias de Relações Públicas, demonstrando como podem ser utilizadas de maneira estratégica no contexto latino-americano e na interatividade com seus públicos estratégicos das organizações.
O conteúdo é destinado a empresários, consultores, docentes, pesquisadores e estudantes de pós-graduação e graduação de Comunicação do Brasil e àqueles que consideram às Relações Públicas como elemento sinérgico para a construção e contextualização de processos de relacionamentos nas organizações com seus públicos.
“Relações Públicas: teoria, contexto e relacionamentos”Autores: Profa. Dra. Maria Aparecida Ferrari; Prof. Dr. Fábio França; James E. Grunig, PhD.
SPEditora: Difusão Editora

O que a comunicação pode (ou não) fazer na hora da crise?

Luiz Alberto de Farias, PhD
Os profissionais do campo da comunicação sempre têm em seu portifólio de temas para estudo e discussão alguma dúvida relativa a crises: como elas acontecem? Como se perde o controle sobre uma situação? A comunicação realmente tem o poder de evitar ou de minimizar os efeitos de uma crise?
Muitas respostas não podem ser dadas, pois realmente se todas as crises fossem previsíveis, elas provavelmente não passariam dos estágios iniciais, além de haver diferentes tipos de crises. É esse tema tão conturbado e fascinante que será tratado neste artigo.
Cabe começar por uma definição que clareie a interpretação de crise no cenário da comunicação nas organizações. Podemos entendê-la como uma ruptura abrupta entre a situação quotidiana, motivada por fatores internos ou externos. Quando se fala em crise pressupõe-se o risco de dificuldades para o crescimento ou para a própria sobrevivência da organização em questão. Nem sempre falamos de crise no âmbito da catástrofe, mas esta acaba sendo a própria construção de sentido para a crise.
A crise sempre terá a sua percepção e os seus efeitos em acordo com o a maneira como ela tenha sido administrada, como os públicos tenham sido tratados. Ainda que sempre se trate de algo absolutamente não palpável, é mesmo uma boa imagem que pode, junto aos diversos públicos, minimizar os efeitos de uma crise. A imagem, como sabemos, é volátil e pode ser percebida por cada grupo que se relacione com a organização de modo diverso, mas a sua permanente construção poderá redundar em uma boa reputação e isso pode ser de grande significado em meio a um período conturbado ou caótico. A organização é tratada de forma proporcional ao que é percebida.
Mudanças na sociedade e em seu entorno, tais como novo perfil dos funcionários, multiplicação do conceito de cidadania, intervenção de forças sociais organizadas, consumidores mais conscientes e exigentes, levam à maior necessidade de ajustamento das ações comunicativas oriundas da organização e em sintonia com as informações geradas pela própria sociedade.
Diversas situações levam a conflitos e uma série de atitudes pode ser tomada pelas organizações em decorrência das crises: silêncio, negação, contra-ataque, confissão, transferência de responsabilidade, discrição. Quando se opta pelo silêncio o risco de que se fale a respeito da organização é muito grande e que essa postura leve ao entendimento de que se assuma a culpa. A negação pode gerar desconfiança, quando é feita de modo imediato, antes que responsabilidades possam ser aferidas. O contra-ataque pode levar à criação de novos oponentes, bem como a transferência de responsabilidade, a menos que se tenham provas. A confissão (quando é fato) pode ser bem recebida, ser vista como demonstração de boa vontade, mas também requer minucioso planejamento para o pós-crise. A discrição, por seu tempo, quando se opta por ser reativo em relação à comunicação e proativo quanto às atitudes de contenção e atendimento, pode oferecer possibilidades de melhor gestão da crise.
Alguns elementos devem ser priorizados em relação às crises. A antecipação permite minimização de impactos e se ela não pode acontecer sempre, ao menos a criação de um protocolo de ação e de reação deve ser parte do planejamento estratégico de relações públicas. Ações como a criação de um grupo de gestão de crises – com formações e habilidades variadas –, um manual de recomendações e de atitudes, treinamento para relacionamento com os públicos estratégicos, além de mapeá-los, criação de um programa de educação para a comunicação, são elementos-chave para qualquer empresa que não queira se ver à mercê de sua própria sorte.
Previsão e antecipação podem dar maior segurança para a tomada de decisões em momentos de clima instável. A construção de cenários em relação aos diversos elementos que compõem o universo organizacional permite a projeção de possíveis medidas de profilaxia, além de sugerir possíveis cenários que insinuem crises. A gestão da crise deve fazer parte do planejamento global de comunicação da organização e nunca pode se descolar dele.

O novo campo de atuação de Relações Públicas

Editorial do Jornal Opinião

17 de Agosto de 2009 - Edição 1372
Regina Augusto
Embora a notícia ainda não esteja confirmada, ela parece fazer sentido e segue a estratégia de RP da Apple, que antes de lançar algo costuma vazar rumores em blogs especializados para gerar o tão famoso buzz. Na semana passada, alguns blogs norte-americanos de tecnologia e cultura Apple, como Boy Genius Report, Cult of Mac e TechCrunch, divulgaram que a empresa de Cupertino teria planos de usar o modelo das redes sociais em seus softwares e aplicativos.
Sim, é possível inovar algo revolucionário e que mudou o modelo de negócios de uma indústria inteira, e parece que a Apple dará mais um passo nessa direção. A versão 9 do iTunes, que será lançada em breve, viria mais integrada com redes existentes, como Twitter, Facebook e Last.fm. A companhia estaria preparando ainda sua própria rede social, à parte do iTunes, por meio da qual os usuários poderiam transmitir aos outros a música que estivessem escutando no momento, além de compartilhar arquivos e fazer as outras coisas que as redes sociais fazem (ou permitem fazer), como encontrar amigos e amigos de amigos.
Também na semana passada, outra história ganhou repercussão na blogosfera dos Estados Unidos: o erro de preço no site da Best Buy, que anunciou uma televisão Samsung de 52 polegadas por somente US$ 9,99. O engano, entretanto, acabou gerando repercussão para a marca Best Buy, seja boa, seja ruim ou indiferente. Vários clientes entraram na onda e enviaram e-mails, posts em blogs e tweets para avisar outros. Um homem chegou até a postar seu boleto, que, incluindo frete, ficou em US$ 86. Outro consumidor tentou adquirir duas televisões. O erro foi corrigido menos de uma hora após o início da explosão de compras.
“Se de fato a blogosfera for o grande campo da disciplina de RP hoje, premissa sobre a qual há pouco o que questionar, as empresas e as marcas terão de estar preparadas para saber se posicionar neste novo ambiente e também para ter condições de responder rapidamente a ruídos ou repercussões negativas geradas por suas próprias ações”A Best Buy enviou um comunicado à mídia, além de e-mails para os consumidores que compraram as televisões e tweets para alertar os outros e pedir desculpas pelo engano. Alguns não reagiram muito bem e agrediram a empresa; outros apontaram que poderia se tratar de uma estratégia de marketing, com aspectos de Relações Públicas, para gerar repercussão.
O caso chamou a atenção para a questão da RP digital. Segundo Jamie O’Donnell, cofundador da SEO-PR, ouvido pela reportagem da Ad Age, a blogosfera é o Relações Públicas de hoje. “O que foi dito na blogosfera e Twitter, e a maneira com que isso ressoou para o público, é RP. Garanto que muitas empresas estão de olho nisso”, disse. De qualquer modo, ele considerou que, se a Best Buy fez isso como estratégia, errou.
Os exemplos da Apple e da Best Buy são diferentes em sua essência, mas refletem um processo que parece ainda não ter sido captado totalmente pelas agências de publicidade e, talvez um pouco, pelas especializadas em RP.
Se de fato a blogosfera for o grande campo da disciplina de Relações Públicas hoje — premissa sobre a qual há pouco o que questionar —, as empresas e as marcas terão de estar preparadas para saber se posicionar neste novo ambiente, como a Apple tem feito muito bem, e também para ter condições de responder rapidamente a ruídos ou repercussões negativas geradas por suas próprias ações. O desafio reside justamente no fato de que é mais eficaz se antecipar e fazer um uso inteligente da blogosfera, como a Apple habilmente faz, do que ter como única opção uma atitude reativa e muitas vezes negativa, como é o caso da Best Buy.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Código de ética dos profissionais de Relações Públicas

Resolução CONFERP no 02/85, de 06/11/85Princípios FundamentaisI – Somente pode intitular-se profissional de Relações Públicas e, nesta qualidade, exercer a profissão no Brasil, a pessoa física ou jurídica legalmente credenciada nos termos da Lei em vigor.II– O profissional de Relações Públicas baseia seu trabalho no respeito aos princípios da "Declaração Universal dos Direitos do Homem".III– O profissional de Relações Públicas, em seu trabalho individual ou em sua equipe, procurará sempre desenvolver o sentido de sua responsabilidade profissional, através do aperfeiçoamento de seus conhecimentos e procedimentos éticos, pela melhoria constante de sua competência científica e técnica e no efetivo compromisso com a sociedade brasileira.IV – O profissional de Relações Públicas deve empenhar-se para criar estruturas e canais de comunicação que favoreçam o diálogo e a livre circulação de informações.SEÇÃO IDas Responsabilidades Gerais:Artigo 1º- São deveres fundamentais do profissional de Relações Públicas:a. Esforçar-se para obter eficiência máxima em seus serviços, procurando sempre se atualizar nos estudos da Comunicação Social e de outras áreas de conhecimento.b. Assumir responsabilidades somente por tarefas para as quais esteja capacitado, reconhecendo suas limitações e renunciando a trabalho que possa ser por elas prejudicado.c. Colaborar com os cursos de formação de profissionais em Relações Públicas, notadamente ao aconselhamento e orientação aos futuros profissionais.Artigo 2º- Ao profissional de Relações Públicas é vedado:a. Utilizar qualquer método, meio ou técnica para criar motivações inconscientes que, privando a pessoa do seu livre arbítrio, lhe tirem a responsabilidade de seus atos.b. Desviar para atendimento particular próprio, com finalidade lucrativa, clientes que tenha atendido em virtude de sua função técnica em organizações diversas.c. Acumpliciar-se com pessoas que exerçam ilegalmente a profissão de Relações Públicas.d. Disseminar informações falsas ou enganosas ou permitir a difusão de notícias que não possam ser comprovadas por meio de fatos conhecidos e demonstráveis.e. Admitir práticas que possam levar a corromper ou a comprometer a integridade dos canais de comunicação ou o exercício da profissão.f. Divulgar informações inverídicas da organização que representa.SEÇÃO II Das Relações com o Empregador: Artigo 3º- O profissional de Relações Públicas, ao ingressar em uma organização como empregado, deve considerar os objetivos, a filosofia e os padrões gerais desta, tornando-se interdito o contrato de trabalho sempre que normas, políticas e costumes até vigentes contrariem sua consciência profissional, bem como os princípios e regras deste código.SEÇÃO III Das Relações com o Cliente: Artigo 4º- Define-se como cliente a pessoa, entidade ou organização a quem o profissional de Relações Públicas – como profissional liberal ou empresa de Relações Públicas – presta serviços profissionais.Artigo 5º- São deveres do profissional de Relações Públicas, nas suas relações com os clientes:a. Dar ao cliente informações concernentes ao trabalho a ser realizado, definindo bem seus compromissos e responsabilidades profissionais, a fim de que ele possa decidir-se pela aceitação ou recusa da proposta dos serviços profissionais;b. Esclarecer ao cliente, no caso de atendimento em equipe, a definição e qualificação profissional dos demais membros desta, seus papéis e suas responsabilidades;c. Limitar o número de seus clientes às condições de trabalho eficiente;d. Sugerir ao cliente serviços de outros colegas sempre que se impuser a necessidade de prosseguimento dos serviços prestados, e estes, por motivos ponderáveis, não puderam ser continuados por quem as assumiu inicialmente;e. Entrar em entendimentos com seu substituto comunicando-lhe as informações necessárias à boa continuidade dos trabalhos, quando se caracterizar a situação mencionada no item anterior.Artigo 6º- É vedado ao profissional de Relações Públicas atender clientes concorrentes, sem prévia autorização das partes atendidas.Artigo 7º- Não deve o profissional de Relações Públicas aceitar contrato em circunstâncias que atinjam a dignidade da profissão e os princípios e normas do presente Código.SEÇÃO IV Dos Honorários Profissionais:Artigo 8º- Os honorários e salários devem ser fixados por escrito, antes do início do trabalho a ser realizado, levando-se em consideração, entre outros: 1. Vulto, dificuldade, complexidade, pressão de tempo e relevância dos trabalhos a executar;2. Necessidade de ficar impedido ou proibido de realizar outros trabalhos paralelos;3. As vantagens que, do trabalho, se beneficiará o cliente;4. A forma e as condições de reajuste;5. O fato de se tratar de um cliente eventual, temporário ou permanente;6. A necessidade de locomoção na própria cidade ou para outras cidades do Estado ou do País.Artigo 9º- O profissional de Relações Públicas só poderá promover, publicamente, a divulgação de seus serviços com exatidão e dignidade, limitando-se a informar, objetivamente, suas habilidades, qualificações e condições de atendimento.Artigo 10 - Na fixação dos valores deve se levar em conta o caráter social da profissão. Em casos de entidades filantrópicas ou representativas de movimentos comunitários, o profissional deve contribuir sem visar lucro pessoal, com as atribuições específicas de Relações Públicas, comunicando ao CONRERP de sua Região as ações por ele praticadas.SEÇÃO V Das Relações com os ColegasArtigo 11 - O profissional das Relações Públicas deve ter para com seus colegas a consideração e a solidariedade que fortaleçam a harmonia e o bom conceito da classe. Artigo 12 - O profissional de Relações Públicas não atenderá cliente que esteja sendo assistido por outro colega, salvo nas seguintes condições:a. a pedido desse colega;b. quando informado, seguramente, da interrupção definitiva do atendimento prestado pelo colega.Artigo 13 - O profissional de Relações Públicas não pleiteará para si emprego, cargo ou função que esteja sendo exercido por outro profissional de Relações Públicas.Artigo 14 - O profissional de Relações Públicas não deverá, em função do espírito de solidariedade, ser conivente com erro, contravenção penal ou infração a este Código de Ética praticado por outro colega. Artigo 15 - A crítica a trabalhos desenvolvidos por colegas deverá ser sempre objetiva, construtiva, comprovável e de inteira responsabilidade de seu autor, respeitando sua honra e dignidade.SEÇÃO VIDas Relações com Entidades de Classe:Artigo 16 - O profissional de Relações Públicas deverá prestigiar as entidades profissionais e científicas que tenham por finalidade a defesa da dignidade e dos direitos profissionais, a difusão e o aprimoramento das Relações Públicas e da Comunicação Social, a harmonia e a coesão de sua categoria social.Artigo 17 - O profissional de Relações Públicas deverá apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa dos interesses da classe, tendo participação efetiva através de seus órgãos representativos.Artigo 18 - O profissional de Relações Públicas deverá cumprir com as suas obrigações junto às entidades de classe, às quais se associar espontaneamente ou por força de Lei, inclusive no que se refere ao pagamento de anuidades, taxas e emolumentos legalmente estabelecidos.SEÇÃO VIIDas Relações com a JustiçaArtigo 19 - O profissional de Relações Públicas, no exercício legal da profissão, pode ser nomeado perito para esclarecer a Justiça em matéria de sua competência.Parágrafo Único: – O profissional de Relações Públicas deve escusar-se de funcionar em perícia que escape à sua competência ou por motivos de força maior, desde que dê a devida consideração à autoridade que o nomeou.Artigo 20 - O profissional de Relações Públicas tem por obrigação servir imparcialmente à Justiça, mesmo quando um colega for parte envolvida na questão.Artigo 21 - O profissional de Relações Públicas deverá agir com absoluta isenção, limitando-se à exposição do que tiver conhecimento através da análise e observação do material apresentado e não ultrapassando, no parecer, a esfera de suas atribuições.Artigo 22 - O profissional de Relações Públicas deverá levar ao conhecimento da autoridade que o nomeou a impossibilidade de formular parecer conclusivo, face à recusa do profissional em julgamento, em fornecer-lhe dados necessários à análise.Artigo 23 - É vedado ao profissional de Relações Públicas:a. Ser perito do seu cliente;b. Funcionar em perícia em que sejam parte parente até o segundo grau, ou afim, amigo ou inimigo e concorrente de cliente seu;c. Valer-se do cargo que exerce, ou dos laços de parentesco ou amizade para pleitear ser nomeado perito.SEÇÃO VIIIDo Sigilo Profissional Artigo 24 - O profissional de Relações Públicas guardará sigilo das ações que lhe forem confiadas em razão de seu ofício e não poderá ser obrigado à revelação de seus assuntos que possam ser lesivos a seus clientes, empregadores ou ferir a sua lealdade para com eles em funções que venham a exercer posteriormente.Artigo 25 - Quando o profissional de Relações Públicas faz parte de uma equipe, o cliente deverá ser informado de que seus membros poderão ter acesso a material referente aos projetos de ações.Artigo 26 - Nos casos de perícia, o profissional de Relações Públicas deverá tomar todas as precauções para que, servindo à autoridade que o designou, não venha a expor indevida e desnecessariamente ações do caso em análise.Artigo 27 - A quebra de sigilo é necessária quando se tratar de fato delituoso, previsto em lei, e a gravidade de suas conseqüências, para os públicos envolvidos possam criar para o Profissional de Relações Públicas o imperativo de consciência de denunciar o fato.SEÇÃO IXDas Relações Políticas e do exercício do Lobby: Artigo 28 - Defender a livre manifestação do pensamento, a democratização e a popularização das informações e o aprimoramento de novas técnicas de debates é função obrigatória do profissional de Relações Públicas.Artigo 29 - No exercício de Lobby o profissional de Relações Públicas deve se ater as áreas de sua competência, obedecendo as normas que regem a matéria emanadas pelo Congresso Nacional, pelas Assembléias Legislativas Estaduais e pelas Câmaras Municipais.Artigo 30 - É vedado ao profissional de Relações Públicas utilizar-se de métodos ou processo escusos, para forçar quem quer que seja a aprovar matéria controversa ou projetos, ações e planejamentos, que favoreçam os seus propósitos.SEÇÃO XDa Observância, Aplicação e Vigência do Código de Ética:Artigo 31 - Cumprir e fazer cumprir este código é dever de todos os profissionais de Relações Públicas.Artigo 32 - O Conselho Federal e os Regionais de profissionais de Relações Públicas manterão Comissão de Ética para:- Assessorar na aplicação do Código;- Julgar as infrações cometidas e casos omissos, ad referendum de seus respectivos plenários.Artigo 33 - As normas deste Código são aplicadas às pessoas físicas e jurídicas, que exerçam a atividade profissional de Relações Públicas.Artigo 34 - As infrações a este Código de Ética profissional poderão acarretar penalidades várias, desde multa até cassação de Registro Profissional.Artigo 35 - Cabe ao profissional de Relações Públicas denunciar aos seus Conselhos Regionais qualquer pessoa que esteja exercendo a profissão sem respectivo registro, infringindo a legislação ou os artigos deste Código.Artigo 36 - Cabe ao profissional de Relações Públicas docentes, supervisores, esclarecer, informar e orientar os estudantes quanto aos princípios e normas contidas neste Código.Artigo 37 - Compete ao Conselho Federal formar jurisprudência quanto aos casos omissos, ouvindo os Regionais, e fazê-la incorporar a este Código.Artigo 38 - O presente Código entrará em vigor em todo o território nacional a partir de sua publicação no Diário Oficial da União.

“Decisão sobre diploma de Jornalismo não afeta a profissão de RP” diz presidente do CONRERP/2

Por Ana Luiza Moulatlet/Redaçã o Portal IMPRENSA

Com o fim da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da atividade- decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 17 de junho – a única profissão da área de Comunicação Social que exige o diploma é a de Relações Públicas, já que para exercer Publicidade e Propaganda ele também não se faz necessário.A decisão do STF, no entanto, vem suscitando discussões das mais diferentes entidades do país, o Portal IMPRENSA conversou com Elaine Lina, presidente do Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas (CONRERP) 2ª Região – São Paulo e Paraná, para entender as especificidades da profissão de Relações Públicas e o porquê da obrigatoriedade do diploma ainda vigorar na área.A posição de Elaine, e do CONRERP, é clara: o órgão apóia a exigência do diploma, em todas as profissões. “Entendemos que a capacitação proporcionada pela universidade é fundamental para a formação de profissionais competentes e aptos a exercer as atividades da profissão. O mercado pode proporcionar a prática, sem dúvida. Mas os conceitos técnicos essenciais, somados a uma formação humanística ampla e reflexiva somente podem ser obtidos por meio de cursos regulares de formação superior”.Portal IMPRENSA – Gostaria de saber algumas especificidades da área de Relações Públicas para entender melhor como funciona a profissão, e entrar um pouco na discussão sobre a exigência de diploma.Elaine Lina – Antes de mais nada, é preciso esclarecer que a profissão de Jornalismo não foi desregulamentada e nem o MTB [registro no Ministério do Trabalho] invalidado. Somente um dos critérios para sua obtenção – o diploma universitário – é que foi revogado. No mais, tudo continua valendo. Sendo assim, é correto afirmar que as três profissões continuam regulamentadas.IMPRENSA – Qual é a opinião do CONRERP sobre o fim da exigência do diploma de Jornalismo? Isso afeta de alguma maneira a área de Relações Públicas?Elaine – Lamentamos a decisão que aboliu a obrigatoriedade do diploma, pois entendemos que é na universidade que o profissional alcança a verdadeira – e necessária – capacitação. Tanto que acreditamos ainda em uma reversão desta situação. Não entendemos, porém, que esta decisão possa de alguma forma afetar as Relações Públicas, pois são situações e contextos absolutamente distintos.IMPRENSA – O que é necessário para ser Relações Públicas? É preciso ter algum pré-requisito?Elaine – Conforme Lei Federal nº5377/67, para ser um profissional de relações públicas é preciso ser bacharel formado em escola de nível superior em Relações Públicas ou ter concluído curso equivalendo no exterior, desde que o diploma seja validado pelo MEC no Brasil.IMPRENSA – Como se tira o registro de RP? Quais são os trâmites?Elaine - O passo a passo para emissão do registro profissional pode ser encontrado no site do CONRERP 2ª Região, mas de forma sucinta podemos dizer que é necessário reunir os documentos pessoais e diploma de formação universitária (ou certificado de conclusão de curso, para registros provisórios), foto e formulários preenchidos e assinados pelo requerente e recolher as taxas determinadas pela legislação, também encontradas no site. Isto para o registro de pessoa física. É importante lembrar que no caso de empresas que se dedicarem à prestação de serviços de relações públicas estas também precisam efetuar seu registro de pessoa jurídica, a exemplo de qualquer profissão regulamentada, uma vez que o Direito brasileiro distingui pessoa física e jurídica em suas responsabilidades e atribuições. Todos os formulários e outras informações pertinentes encontram-se no site ou podem ser obtidas pelo 0800 do CONRERP 2ª Região (0800 167 853).IMPRENSA – Vocês consideram, como classe, o diploma necessário para o exercício da profissão de RP?Elaine - Com absoluta certeza. Conforme já mencionamos no caso de Jornalismo, também para Relações Públicas entendemos que a capacitação proporcionada pela universidade é fundamental para a formação de profissionais competentes e aptos a exercer as atividades da profissão. O mercado pode proporcionar a prática, sem dúvida. Mas os conceitos técnicos essenciais, somados a uma formação humanística ampla e reflexiva somente podem ser obtidos por meio de cursos regulares de formação superior. Em resumo, acredito que o mercado sozinho pode até formar técnicos operacionais em determinadas atividades dentro do escopo da profissão, mas o profissional pleno, de pensamento estratégico amplo, precisa da formação superior.IMPRENSA – Os conselhos regionais e o nacional defendem a reserva de mercado?Elaine - Não posso falar pelos demais conselhos, mas o CONRERP 2ª Região entende que “reserva de mercado” não seria o termo mais adequado, pois pode dar margem a interpretações equivocadas. O que defendemos sim é a devida qualificação dos profissionais que se disponham a exercer a profissão e o reconhecimento ou acreditação desses profissionais por meio de órgãos com a devida legitimidade para tal.IMPRENSA – Vocês tem algum tipo de receio de que com a queda do diploma de Jornalismo e a não existência da necessidade do diploma para Publicidade e Propaganda possa acontecer o mesmo com as Relações Públicas?Elaine – Não acredito que isto possa ocorrer. Não vejo razões plausíveis para quaisquer questionamentos sobre a legitimidade da exigência de qualificação em nível superior para profissionais que irão trabalhar com o bem mais precioso das instituições: sua reputação frente à opinião pública.

Fonte: Portal Imprensa

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Prêmio Relações Públicas do Brasil.

Os livros estão disponíveis para download no site:
http://www.rp-bahia.com.br/biblioteca/index.htm.

9º Congresso Brasileiro de Comunicação no Serviço Público - Dias 26, 27 e 28 de agosto em São Paulo.